A
opinião pública é uma das duas coisas que controlam o homem natural. A outra é
a sua própria concupiscência. Na sua epístola, Tiago nos fala claramente da
concupiscência e do seu resultado logo no primeiro capítulo. "Ninguém,
sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo
mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela
sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tg 1:13-15).
Herodes
foi controlado pela opinião pública quando, por causa dos que estavam se
banqueteando com ele, ordenou que João Batista fosse decapitado. Pilatos
também, mesmo depois de ter dito, por três vezes, "Não acho culpa alguma
neste homem" (Lc 23:4,14,22), ainda assim, por causa da opinião pública,
entregou Jesus para ser crucificado.
Às
vezes a opinião pública é um fator que restringe o avanço do mal. Os ladrões
não querem que o público saiba o que estão fazendo, pois sabem que é errado. À
medida que os padrões morais sofrem declínio, esse obstáculo parcial do mal
declina juntamente. Isto tem ficado bem claro nas últimas duas ou mais décadas.
Os padrões morais, de uma maneira geral, estão cada vez mais baixos a cada ano.
O que era considerado errado e até mesmo repulsivo há alguns anos é, a
princípio aceito e, mais tarde, ensinado.
A
exortação dada aos cristãos é: "A prostituição, e toda a impureza ou
avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos" (Ef 5:3).
Este é o padrão de Deus. Nunca muda. Com respeito às obras infrutuosas das
trevas no mundo, a palavra dada é: "O que eles fazem em oculto até dizê-lo
é torpe" (Ef 5:12).
À
medida que a opinião pública desce de nível vai sendo cada vez menos um
impedimento ao mal. Como Sofonias, o profeta, escreveu: "O perverso não
conhece a vergonha" (Sf 3:5). Coisas que antes deixavam as pessoas
vermelhas de vergonha são agora motivo de riso. Coisas que antes eram feitas só
em segredo agora o são abertamente. E mais, são ensinadas e comercializadas com
fins a um lucro imundo. No mundo a devassidão e imoralidade são aceitas como
uma evolução natural. A opinião pública baixou seu nível e o padrão geral de
conduta desce juntamente.
Será
que é necessário perguntar qual deveria ser a conduta do cristão, ou mesmo qual
sua atitude para com estas coisas? A Palavra de Deus é clara: "Conserva-te
a ti mesmo puro" (1 Tm 5:22). "Sede santos, porque Eu sou
santo." (1 Pd 1:16). "(Ele) nos chamou por Sua glória e
virtude." (2 Pd 1:3).
As
influências que corrompem são encontradas nas escolas, universidades,
escritórios, fábricas, lares deste mundo, e até mesmo nos lares dos crentes, se
estes não tomarem o cuidado de preservar a santidade no lar. De quão grande
importância é, para o cristão, procurar andar com Deus. Enoque andou assim em
meio ao mundo ímpio do seu tempo, e não foi achado, pois Deus o tomou. Esta é
também a nossa esperança; todavia, enquanto estamos aqui neste mundo, possamos
nós não pertencer a ele (João 17:14).
Se
lemos as Sagradas Escrituras com frequência, ao ponto de nossos pensamentos
serem formados pela preciosa Palavra de Deus, nosso padrão será o padrão de
Deus e não o padrão dos homens, que se declina mais e mais.
C.
Buchanan
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