"A prática cotidiana prova que a necessidade de renovação processual pode nos levar a considerar a reestruturação das condições financeiras e administrativas exigidas. Neste sentido, o desafiador cenário globalizado faz parte de um processo de gestão do investimento em reciclagem técnica. O que temos que ter sempre em mente é que a complexidade dos estudos efetuados não pode mais se dissociar do sistema de participação geral." [G.L.L. ou Gerador de Lero-Lero]
Não seria maravilhoso ter um sistema assim alimentado com a Bíblia inteira e textos de pregadores famosos? Não, de maneira nenhuma. Aqueles que ministram a Palavra de Deus devem ter o sentimento de Paulo, quando escreveu: "Cri, por isso falei" (2 Co 4:13). Não basta falar, é preciso crer naquilo que se está dizendo. Os cursos de teologia criam brilhantes geradores de sermões que às vezes não passam de lero-lero, A pergunta é: Eles creem no que falam? Uma brasileira que mora na Suíça contou que na escola onde trabalha o professor de religião é ateu. Não duvido que ele seja capaz de criar um bom volume de lero-lero e ensinar os aspectos históricos da fé cristã, mas jamais poderá transmitir aquilo que nunca experimentou.
Você se lembra da última vez que foi obrigado a dizer: "Precisei engolir o que falei"? Todos já passamos por isso. Só que nas coisas de Deus precisamos engolir ANTES de dizer. É o que aprendemos de João em Apocalipse 10:9-11:
"E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis".
Quando perguntaram a Isaac Newton como ele tinha descoberto as coisas que descobriu, sua resposta foi: "Eu estava sentado sobre os ombros de gigantes". Ele assim admitia que as ideias não eram totalmente suas, mas tinham sido construídas a partir do que aprendera com outros mais sábios que ele.
Assim deve ser também no ministério da Palavra. Através do Espírito Santo aprendemos da Palavra de Deus e com o ministério dos dons que o Senhor deu à Igreja. Ao serem recebidas, essas palavras que na boca podem ser doces e fáceis de falar para as multidões, são amargas quando caem em nosso ventre e são aplicadas à nossa própria vida. Mas é só depois de engolidas e digeridas que estamos verdadeiramente prontos a sair e "profetizar" ou proferir aquilo "a muitos povos, e nações, e línguas e reis".
Que o Senhor nos dê graça e temor de sempre termos o cuidado de "engolir" de antemão aquilo que queremos transmitir a outros, "para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado" (1 Co 9:27). Os "filhos dos profetas" em 2 Reis 6 se desesperaram ao perderem o machado que usavam. "Ai, meu senhor! Ele era emprestado!" exclamaram eles para o profeta Eliseu. Eles precisaram recorrer ao profeta de Deus para reencontrarem aquilo que não pertencia a eles e usaram como se fossem donos.
Que não sejamos como os exorcistas "filhos de Ceva" que tentaram expulsar demônios esconjurando-os "por Jesus a quem Paulo prega", isto é, com um poder que nunca tiveram. Eles acabaram sendo vítimas do próprio espírito maligno que tentavam expulsar usando uma fé emprestada.
"Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, póde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa" (At 19:13-18).
por Mario Persona