Cabe
aqui perguntarmos se esta relação nosso bendito Senhor tem com o Seu povo ocupa
o seu devido lugar em nossas almas. É bem verdade que trata-se de algo
encontrado com muito maior frequência nas Escrituras do Antigo Testamento, mas
seria uma grande perda supormos que se trate de algo relacionado apenas com os
judeus. Na verdade, João (capítulo 10) expressamente proíbe que cheguemos a tal
conclusão, pois o Senhor claramente afirma: "Ainda tenho outras ovelhas
que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha
voz, e haverá um rebanho" (e não "um aprisco") "e um
Pastor" (v. 16). Também Pedro, ao escrever aos crentes desta dispensação,
diz: "Porque éreis como ovelhas desgarradas: mas agora tendes voltado ao
Pastor e Bispo das vossas almas" (1 Pe 2:25); e também, "Apascentai o
rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente: nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando
aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória" (1 Pd
5:2-4). Paulo usa a mesma figura, quando dirige-se aos anciãos da Igreja em
Éfeso. "Olhai pois", diz ele, "por vós, e por todo o rebanho
sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja
de Deus..." (At 20:28).