Vivemos um dia de coisas pequenas e não
devemos ficar desencorajados se encontramos pessoas demonstrando pouco
interesse pela verdade, ou até mesmo opondo-se a ela. Estamos já no fim de uma
dispensação destroçada e arruinada, sobre a qual o juízo de Deus está prestes
cair, e não devemos esperar ver resultados como eram vistos no princípio,
quando um Espírito não entristecido estava operando em grande poder.
Acho que encontraremos muita
instrução em Esdras, Neemias, Ageu e Malaquias para o dia em que vivemos, que é
de um certo modo análogo ao tempo referido naqueles livros. As dez tribos
haviam sido levadas cativas por Salmanasar, e perderam-se. Judá esteve cativo
na Babilônia, onde ficou 70 anos em cativeiro. Um remanescente de Judá voltou
nos dias de Esdras e Neemias, e o templo e os muros da cidade foram
reconstruídos. Esse retorno, e a construção do templo e dos muros da cidade
eram por pura graça proveniente do Senhor.
Mas vemos da parte do povo, assim tão
favorecido, uma constante tendência ao declínio. Eles não seguiram adiante com
a obra como deveriam. Sucumbiram à influência do inimigo e a obra cessou. Ageu
os acusa por estarem vivendo em casas estucadas, enquanto a casa de Deus ficava
em ruínas, e foi necessário que fossem chacoalhados para que tomassem ânimo
para seguir com a obra. Então, em Malaquias, pouco mais de cem anos depois,
vemos um declínio dos mais horríveis - uma multidão professa, mas sem conteúdo,
no meio da qual podiam ser encontrado uns poucos fracos que temiam ao Senhor e
que falavam uns aos outros. Foi só aquele pequeno remanescente que recebeu a
aprovação do Senhor, sendo assegurados de que pertenceriam a Ele quando viesse
para ajuntar Suas jóias.
Cerca de 400 anos mais tarde ainda
encontramos esse fraco remanescente em pessoas como Zacarias e Isabel, Maria,
os idosos Simeão e Ana, e os pastores dos campos de Belém. Mas, oh! Quão poucos
e quão fracos! E é mais ou menos assim agora, à medida que nos aproximamos do
fim - uma grande multidão professa, mas quase nada de conteúdo. Mas são os do
remanescente que o Senhor reconhece, e dos quais pode dizer: "guardaste a
Minha palavra, e não negaste o Meu nome" (Ap 3:8). São estes também que
conservaram suas vestes, e que andarão de branco com Ele. Todavia são poucos -
não são muitos. Portanto, em um dia assim, o que somos chamados a fazer é
"guarda o que tens": "Eis que venho sem demora; guarda o que
tens, para que ninguém tome a tua coroa." (Ap 3:11).
O esforço será breve, pois Ele está
perto, mas trata-se um esforço real e necessitamos de coragem para permanecer,
ainda que fiquemos sós. Houve uma época em que homem algum permaneceu com
Paulo. Mas o Senhor permaneceu com ele, e o testemunho foi dado, e ele foi
liberto da boca do leão. (2 Tm 1:15; 4:10-17). Quão bendito é podermos contar
com Ele, ainda que todos nos abandonem!
A. H. Rule
(Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.) |