Filipenses
4:6
A exortação do apóstolo aqui tem em vista
as circunstâncias desta vida. Ele não desconhece que, em um mundo de tristezas
e enfermidades, de necessidades e preocupações, haverá tribulações para se
enfrentar e fardos para se carregar; mas, não deveríamos torturar nosso pobre
coração com coisas assim. O próprio apóstolo escreve de uma prisão, e havia
sofrido necessidades, havia tido um companheiro e colaborador doente à beira da
morte; mas nessas circunstâncias tão tristes ele foi elevado acima de todo
cuidado e ansiedade, e por isso podia dizer a outros: "Não estejais
inquietos por coisa alguma".
Como é então que podemos encontrar alívio?
Como é possível não estarmos inquietos com coisa alguma? É para nossa bênção
que o apóstolo revela o modo de sermos libertos, não necessariamente da
tribulação em si, mas do fardo da tribulação, de modo que este não mais
sobrecarregue o espírito com preocupação e ansiedade. Ele diz: "Antes as
vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas,
com ação de graças" (Fp 4:6). É só assim que encontraremos alívio.
"Em tudo", não importa que tribulação possa ser, pequena ou grande,
leve-a ao conhecimento de Deus em oração; e diga a Ele exatamente o que você
deseja, "as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus".
As petições podem não ser para nosso bem, podem não estar de acordo com o
pensamento de Deus; podem ser até tolices, mas devemos levá-las ao conhecimento
de Deus.
Qual será o resultado? Irá Ele atender os
pedidos? Irá Ele afastar a tribulação? Talvez Ele veja que atender o pedido, ou
remover a tribulação não seria para o nosso bem. Naquilo que diz respeito à
tribulação, Ele irá agir em perfeita sabedoria para o nosso bem, em
conformidade com Seu perfeito amor. Mas há algo que Deus certamente fará: Ele
aliviará nosso coração do fardo da tribulação. Se derramarmos nossa alma diante
dEle, Ele derramará a Sua paz em nossa alma - aquela paz de Deus que excede
todo o entendimento.
Há muito tempo Ana descobriu isso, quando,
em sua amarga tribulação, pôde dizer: "Tenho derramado a minha alma
perante o Senhor". Como resultado, lemos que "o seu semblante já não
era triste" (1 Sm 1:15-18). Contudo, naquele momento, suas circunstâncias
continuavam exatamente as mesmas. É verdade que depois o Senhor mudou as suas
circunstâncias, mas primeiro Ele mostrou que tinha o poder de mudar Ana. Da dor
de coração e amargura de alma ela foi levada a uma grande paz - a paz de Deus
que excede todo o entendimento - por ter levado seus pedidos ao conhecimento de
Deus.
H.Smith, "Seven Exortations", Pág. 10.(Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.) |