Se olharmos para a diferença da pregação arminiana e calvinista, veremos o significado disso imediatamente. Os arminianos pegam a morte de Cristo por todos e geralmente conectam a carga de pecados a ela; e tudo é confusão quanto à realidade e eficácia de Cristo levando nossos pecados, pois eles negam qualquer obra especial para o Seu povo. Eles dizem: se Deus amou a todos, não pode amar particularmente alguns. O resultado disso é uma salvação incerta, e o homem freqüentemente acaba sendo exaltado. Assim, o bode expiatório é praticamente posto de lado.
O calvinista considera que Cristo está levando os pecados do Seu povo, para que eles sejam salvos efetivamente; mas ele não vê mais nada. Ele dirá: Se Cristo amou a igreja e se entregou por ela, não pode haver amor verdadeiro por qualquer outra coisa. Assim, ele nega a morte de Cristo por todos e o caráter distintivo da propiciação, e o sangue no propiciatório. Ele não vê nada além de substituição.
A verdade é que nos é dito que Cristo ama a igreja, nunca o mundo. Isso é um amor de relacionamento especial. Deus nunca diz que ama a igreja, mas o mundo. Isto é bondade divina, o que está na natureza de Deus (não o Seu propósito), e a Sua glória é o verdadeiro fim de todos.
Mas eu não me detenho nisso, pois quero apenas apontar a confusão feita com propiciação e substituição, que necessariamente leva à confusão no evangelho, enfraquecendo a mensagem para o mundo, ou enfraquecendo a segurança do crente, e em todos os aspectos criando incerteza no anúncio da verdade. Creio que a busca sincera das almas, e pregar a Cristo com amor a Ele, será abençoado onde houver pouca clareza, e isso é mais importante que a total exatidão da declaração. Ainda assim, é um consolo para o pregador deixar claro, mesmo que não pense nisso no momento; e, quando for edificar sobre isso mais tarde, a solidez do alicerce é da maior importância.
J. N. Darby em "Propitiation and Substitution"
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