Em Hebreus 9 aprendemos que um lugar no céu é assegurado a todo crente, não por qualquer coisa que o tenha feito, mas totalmente por meio da obra de Cristo e da posição que Cristo ocupa diante da face de Deus. Em Hebreus 10 aprendemos como essa mesma obra é aplicada à consciência do crente, a fim de que, mesmo aqui e agora, ele possa desfrutar e entrar em espírito nesse novo lugar. Para encontrar nosso lar com Cristo no próprio céu, é necessário ter uma consciência purificada. Os primeiros dezoito versículos de Hebreus 10 expõem claramente como esta consciência purificada é assegurada.
Em três passagens, em Hebreus 9 e 10, o apóstolo fala de uma consciência “perfeita” ou “purgada” ["purificada"]. Em Hebreus 9:9 ele afirma definitivamente que os sacrifícios dos judeus não podiam tornar o ofertante perfeito quanto à consciência. Novamente em Hebreus 9:14 lemos sobre a oferta perfeita de Cristo purificando a consciência de obras mortas para que o crente seja libertado para adorar o Deus vivo. Por último, em Heb 10:2, nos é dito que o adorador que tem uma consciência purificada é aquele que não tem mais consciência dos pecados. Aquele que tem uma consciência de pecados vive no temor de que Deus um dia o leve a julgamento por causa de seus pecados e, portanto, não possa desfrutar da paz com Deus. Não ter mais consciência dos pecados implica que esse medo do julgamento é removido, uma vez que Deus já lidou com todos os pecados do crente.
No entanto, embora Deus nunca irá levar o crente a julgamento por seus pecados, ele pode ter que lidar com sua correção se, como crianças, pecarmos (Hebreus 12:5-11). Uma consciência purificada não implica, portanto, que nunca pecamos, ou que nunca tenhamos a consciência do fracasso, seja passado ou presente, mas implica que todo temor de um julgamento futuro por causa de nossos pecados é inteiramente removido. Assim, uma consciência purificada não deve ser confundida com o que costumamos chamar de boa consciência. Se, por causa de um andar descuidado um verdadeiro crente falhar, sua consciência certamente ficará perturbada, e é somente pela confissão de seu pecado a Deus que ele recuperará uma boa consciência. Isso, no entanto, não toca a questão do perdão eterno de seus pecados, que lhe garante uma consciência purificada.
Segundo a lei, era impossível obter uma consciência “perfeita” ou "purificada". Os sacrifícios só podiam, no máximo, dar um alívio temporário. Cada novo pecado pedia um novo sacrifício. Se os sacrifícios pudessem dar uma consciência purificada eles não teriam sido repetidos. A lei mostrou, de fato, que um sacrifício era necessário para tirar os pecados, mas aqueles sacrifícios eram apenas uma sombra das coisas boas que haviam de vir, e não sua realidade. O sangue de touros e bodes nunca pode tirar pecados.
Como, então, é obtida uma consciência purificada? Os versículos seguintes respondem a essa pergunta, colocando diante de nós três grandes verdades:
Primeiro, a vontade de Deus nos versículo 5 ao 10; em segundo lugar, a obra de Cristo nos versículos 11 ao 14); e em terceiro lugar, o testemunho do Espírito nos versículos 15 a 18. — Hamilton Smith em "The Epistle to the Hebrews".
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