A época era sombria, por causa dos pecados de Acabe, Rei de Israel, e a fome assolava o país. O profeta de Jeová permanecia escondido como os outros cem e também como os sete mil, conhecidos somente por Deus, e que não haviam dobrado os joelhos diante de Baal, um falso Deus.
Havia falta de recursos em todos os lugares, entretanto para uma pequena família ( uma mãe e seu filho) que viviam fora dos limites desse país não faltava o alimento diário. Durante o ano inteiro “ a farinha da panela não se acabará e o azeite não faltará”, conforme a palavra dita por Jeová. De onde veio esta abundância? Foi uma benção material, sem dúvida, mas que segundo os ensinamentos da Palavra de Deus podemos aprender o significado espiritual: a farinha nos lembra das perfeições do Senhor Jesus e o azeite do Espírito Santo. E porque havia nessa casa, ao contrário de tantas outras, alimento e sustento? A razão é que um dia o servo de Deus havia encontrado essa viúva e ele pediu um pouco de água e um bocado de pão. A água era escassa mas ela mesmo assim lhe deu, o pão faltava totalmente; ela tinha apenas um punhado de farinha e um pouco de azeite. Então o profeta disse: “... faze dele primeiro para mim um bolo pequeno e traze-me aqui”. Como? Desse pouco que ela tinha ,e que eram, seus últimos recursos, devia preparar algo para o profeta e assim ficar sem nada para ela e seu filho? Ah! Era necessário ter fé, fé na Palavra de Deus pronunciada pelo seu servo, o profeta. “E ela foi e fez conforme a palavra de Elias”. Aí estava o segredo da benção.
“... faze dele primeiro para mim um bolo pequeno...”
Será que o Senhor também não nos tem feito esse mesmo pedido? Por exemplo, ao começar o dia reservamos primeiramente um momento, por menor que seja para estar aos seus pés e escutar a Sua voz, ou ficar em silêncio e dizer como o jovem Samuel disse: “Fala Senhor, porque o teu servo ouve” (1 Samuel 3:10) . E no decorrer de nossas ocupações diárias será que não ouvimos uma voz dizer-nos “... primeiro para mim...”. Um bolo pequeno não parece grande coisa, entretanto era muito para aquela viúva, pois, um punhado de farinha e um pouco de azeite era todo o seu sustento (Lucas 21:44).
Quanto foi o apreço do profeta, e acima de tudo o de Deus! O que é fiel no pouco será no muito ( Lucas 6:10) . Talvez seja apenas uma pequena palavra ou uma curta oração que tivemos o desejo de trazer perante Ele, e que por algum motivo não o fizemos.
“... e eu lhe mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:18). Com certeza é muito bom expressar nossa confiança em Deus, cantar com ânimo os hinos que celebram a bondade e fidelidade de Deus, mas a fé não consiste somente de palavras, ela se traduz em fatos e obras. Talvez aos olhos dos homens seja um desperdício dedicarmos um pouco de tempo ao Senhor, da mesma maneira como talvez possa ter sido dar a farinha e o azeite, mas Deus considera o valor da oferta. E Ele pode obrar maravilhosamente em favor daqueles que O obedecem.
Será que através da voz do profeta não ouvimos o próprio Senhor e o Seu desejo que façamos primeiro algo para Ele? As escrituras nos dizem que os macedônios “se deram primeiramente ao Senhor”. Não é isto um ponto crucial?
“Dá-me filho meu o teu coração” ( Prov. 23:26) . Era pouca coisa, ou seja, um punhado de farinha e um pouco de azeite, mas isto representava todos os recursos da pobre viúva. Tendo dado primeiramente ao profeta, a viúva não tinha mais a morte diante dela, mas a salvação de Deus. Com efeito, colocando-nos verdadeira e inteiramente à disposição do Senhor Jesus, conscientes de que fomos comprados por um grande preço, aos olhos do mundo parece que perdemos tudo quando entregamos todos os nossos recursos ao Senhor, porém lembremos da Palavra de Deus que diz: “... mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará” (Marcos 8:35). E esse dom em si mesmo, não é mais do que colocar a disposição de Deus o que Lhe pertence. E o importante é que não precisa ser algo muito grandioso, mas em dar primeiramente a Ele, o primeiro lugar. Esse pequeno bolo é o segredo da benção que nos acompanhará dia após dia até entrarmos na casa do Pai.
“Para que em tudo Cristo tenha a preeminência”. ( Col. 1:18).
[G. A.]
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