Que Espírito Nós
Manifestamos?
O Senhor prometeu estar perto de nós em certas condições
de coração, pois Ele é compassivo. Ele diz, "Perto está o Senhor dos que
têm o coração quebrantado" (Sl 34:18). Você já experimentou isto? Um
coração quebrantado - quanto ele dói! Acaso isto produz um espírito contrito?
Se assim for, a promessa é que o Senhor "salva os contritos de espírito.
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas" (Sl
34:18-19).
"Há um espírito no homem", diz Jó no capítulo
32:8. Isto é verdadeiro a respeito de cada um de nós. A questão que desejamos
considerar é a seguinte: que espírito nós manifestamos, e que espírito deveria
ser visto no cristão? No mesmo versículo Jó acrescenta, "e a inspiração do
Todo-Poderoso os faz entendidos". Quão importante é que nos dirijamos à
Palavra inspirada de Deus para o entendimento que todos nós precisamos!
Salomão pediu - e lhe foi dado por Deus - um coração
sábio e entendido (1 Rs 3:7-12). Muito daquela sabedoria e entendimento está
registrado na Palavra de Deus. Em Eclesiastes 7:9 ele escreve: "Melhor é o
longânimo do que o altivo de coração. Não te apresses no teu espírito a
irar-te". Muitas vezes o cristão é provado nestes pontos. Que espírito
manifestamos?
Outro versículo em Provérbios 16:32 diz: "Melhor é
o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma
uma cidade". Vemos também o oposto, triste figura, em Provérbios 25:28:
"Como a cidade derribada que não tem muros, assim é o homem que não pode
conter o seu espírito". Portanto, quão imensamente importante é, para cada
um de nós, ter esse controle sobre nosso próprio espírito. Em 1 Coríntios 14:32
a palavra é: "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas".
Um profeta tem controle sobre o seu próprio espírito.
Aos Seus próprios discípulos o Senhor diz em Lucas 9:55:
"Vós não sabeis de que espírito sois". Eles ainda não tinham
aprendido o espírito de graça que o Senhor Jesus tinha vindo mostrar a todos:
preciosa, maravilhosa graça e verdade que vieram por Jesus Cristo (Jo 1:17).
Bem no começo de Seu ministério, em Sua própria cidade de Nazaré, a graça brilha
intensamente. Ele fica em pé e lê uma porção de Isaías 61, anuncia o evangelho,
e então fecha o livro, ficando sem ler os versículos concernentes ao juízo.
"E todos Lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que
saíam da Sua boca" (Lc 4:22). Portanto, assim foi com Jesus ao longo de
todo o Seu ministério nos evangelhos. Nele temos um perfeito exemplo de um
espírito de graça.
Todos os escritores do Novo Testamento (os apóstolos e
profetas) aprenderam algo desse espírito de graça, e do livro de Lucas em
diante eles escreveram acerca disso para nós.
Em adição ao espírito de graça aprendemos em 2 Timóteo
1:7 que "Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de
amor, e de moderação". Neste pobre mundo é tão importante para nós
conhecermos e repousarmos neste completo suprimento que temos em Deus.
É também algo lindo vermos que Pedro escreve de um
"incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante
de Deus" (1 Pd 3:4). Como encorajamento para aqueles em furiosa tribulação
ele escreve no capítulo 4, versículo 14: "Se pelo nome de Cristo sois
vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da
glória de Deus".
O último versículo de Gálatas nos exorta, "A graça
de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito". Esta
mesma exortação é repetida no último versículo de Filemom. Quão importante é
isto para nós lembrarmos e praticarmos.
C.Buchanan
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