Nunca devemos permitir que o desânimo e a fadiga se apoderem do nosso coração. Devemos resistir à perversa influência desses estados de espírito, esforçando-nos por não ceder a essas fraquezas. A graça sacerdotal de Cristo – que está sempre disposta a ajudar-nos - é absolutamente poderosa e suficiente para superar qualquer má condição em que possamos encontrar-nos. Desse modo, sairemos vitoriosos com a sua ajuda.
Para que a reunião de oração não se torne pesada para os presentes devemos ter o cuidado de não fazer orações longas, oremos com voz clara, audível a todos, e com palavras compreensíveis, evitando vãs repetições. Se não fizermos assim, além de provocarmos sonolência nos demais, podemos causar a ira da carne dos que nos escutam e obrigá-los a um esforço da mente para nos entenderem e dos ouvidos para nos ouvirem. Tal oração é imprópria e de efeitos contrários aos desejados.
Devemos fazer orações breves, com todo o fervor e reverência, sabendo que nós estamos nos dirigindo a Deus – e com as palavras precisas, e nenhuma a mais, tendo em consideração as crianças, os doentes e os idosos que poderão estar presentes. Devemos ser definidos e concisos . Temos vários exemplos nas Escrituras de orações muito breves que expressam claramente a necessidade que levou as pessoas a recorrerem a Deus. Citamos aqui duas delas : “Oh, Deus, rogo-te que a cures.” e “Se me abençoares muitíssimo, e meus membros amplificares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja aflito...” Números 12:13 e I Cronicas 4:10 . Nos dois casos, há uma resposta imediata de Deus a estas duas orações modelo de precisão e brevidade.
Pensemos que é muito pesado e duro vaguear desde Dã até Berseba ( os extremos norte e sul da terra de Israel ) e vice-versa, fatigando as pessoas já cansadas pelo trabalho do dia. Em certa ocasião, um irmão disse ao que acabara de orar : “A sua oração elevou-me a uma esfera santa, mas a extensão dessa mesma oração fez-me baixar muito depressa das alturas.”
A oração mais longa do Novo Testamento é a que lemos em João 17, quando o Filho se dirige ao Pai e , se quisermos verificar, notaremos que não demora mais de três ou quatro minutos a dizê-la. Há irmãos que oram durante meia hora, provocando a fadiga e o sono nos ouvintes.
Evitemos todo o espírito de crítica, pensando que, enquanto os outros estão a orar, nós nos ocupamos em criticar , é porque o nosso espírito não está em comunhão com a mente de Deus. Evitemos toda a oração teológica. Um venerável servo de Deus costumava dizer que este tipo de oração é uma verdadeira ignomínia, pois se ao orarmos pretendemos mostrar os nossos conhecimentos, não estamos a orar a Deus, mas sim ocupado conosco próprios. E tratando de agradar aos outros.
É bom que fechemos os olhos enquanto oramos – mas não para dormirmos -pois adormecer em qualquer reunião é uma grande afronta cometida contra o Senhor; os que tal fazem, merecem uma repreensão pela sua atitude indecorosa e irreverente. Depois de termos apresentado as nossas súplicas diante de Deus em oração, devemos descansar n'Ele confiada e pacientemente, esperando que a sua resposta chegue, certos de que ele fará tudo em devido tempo.
Se ao orarmos estivéssemos a falar para as pessoas, isso seria perverso, pois embora pretendêssemos orar a Deus, estaríamos, na realidade , a pregar aos homens. Sigamos a linha que as Santa Escrituras estabelecem para todas as nossas ações: “Faça-se tudo decentemente e com ordem.” 1 Corinthios 14:40.
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