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Os anciaos e os jovens - F. B. Hole

(1º Pedro 5:1-5)


"Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória. Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça."

Todos sabemos com que facilidade pode suscitar-se fricções entre os anciões e os jovens. Se uns e outros tomaram mais a serio a exortação que o apostolo Pedro lhes dirige em sua primeira epistola, as tensões no seio da Igreja de Deus cessariam e daria lugar à harmonia.
......O perigo de que se produzam fricções entre diferentes gerações existe sempre, mas nunca foi tão grande como na atualidade. Efetivamente, nestas ultimas décadas as transformações se sucederam a um ritmo tão veloz como nunca, e produziram consideráveis trocas de opiniões, hábitos e perspectivas durante o curso de uma só geração. Por sua vez os jovens são prejudicialmente instigados a pensar que seus pais são retrógrados e que seus avos são completamente antiquados. Por seu lado, as pessoas mais velhas tendem a considerar que os jovens, com suas novas idéias, são rebeldes.
Apascentar o rebanho de Deus
Pedro se dirige primeiramente aos anciões, pois estes, por causa de sua idade, tem uma responsabilidade muito maior. A exortação dirigida a eles é: “Apascentai o rebanho de Deus que esta entre vos”. Os anciões devem manifestar a seus irmãos mais jovens todo o cuidado que um pastor tem por suas ovelhas. Somente o amor de Deus vertido em seus corações pode produzir a vigilância que se requer para brindar tais cuidados. Por seu lado, os jovens crentes podem reconhecer nos cuidados que lhes brindam seus irmãos de maior idade, uma expressão do amor de Cristo, o Príncipe dos pastores, quem os recompensara ricamente por isso em Sua vinda.
É sumamente importante que os anciões exerçam sua autoridade espiritual de boa maneira e com espírito amável. Eles o poderão fazê-los se se estiverem as três condições expostas nos versículos 2 e 3: devem cumprir seu serviço voluntariamente e com animo pronto, sendo exemplos do rebanho. O fato de que é dirigida-nos estas exortações demonstra, ou ainda impulsados pelo desejo de obter poder e influencia.
Estar sujeito
Os jovens crentes devem prestar especial atenção ao versículo 5. um ancião pode estar bem disposto e mostrar cuidado no exercício da tarefa de supervisionar como convém, pode por em pratica o que recomenda aos demais e servir de exemplo, mas tudo isso sra inútil se os jovens não estão dispostos a escutá-los e sujeitar-se.
Cada jovem crente deveria recordar que se nos diversos campos do conhecimento humano se verifica um progresso tão grande que pode fazer que a geração precedente fique facilmente distanciada, não existe em evolução similar no campo da verdade que Deus revela. A maturidade espiritual é o fruto que provem sempre, e unicamente. Dos anos passados realmente na escola de Deus, quer dizer, o resultado do estudo de sua Palavra, completado e enriquecido pela experiência da vida cristã e do serviço para o Senhor.
Um jovem crente poderia ter muito zelo, energia, resistência e talvez faculdades intelectuais superiores as de um ancião; no entanto, servira melhor a seu Senhor se sujeita-se a recomendação impregnada da maturidade e da sabedoria de um ancião que, baixo os outros aspectos, pode estar em inferioridade de condições.
Tudo isso é fácil se prevalece à humildade espiritual. O versículo 5, falando de nossas relações mutuas, disse: “Todos submissos uns aos outros, revestidos de humildade”. Uma pessoa humilde de espírito não está cheia de si mesma, pelo tanto não se deixa arrastar facilmente para opor-se aos demais. E o que é também mais importante, não se opõe a Deus, “porque deus resiste aos soberbos e da graça aos humildes”.

F. B. Hole

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