"Vem,
mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro" (Ap 21:9). Logo vem a
pergunta Quem é a esposa, a mulher do Cordeiro? Em Apocalipse 22:17 são
mencionados dois -"o Espírito e a esposa".
Sem
dúvida, tanto o servo de Abraão como Rebeca aguardavam pelo fim da jomada que
empreendiam juntos. O servo é um tipo do Espírito Santo que ocupa o lugar de
Servo para a glória do Filho do Homem. "Não falará de Si mesmo, mas dirá
tudo o que tiver ouvido" (Jo 16:13). O Espírito Santo tem, em Seu coração,
um interesse permanente pela Igreja, pois é o interesse e a glória de Cristo.
Ele foi enviado do céu para reunir esta noiva - um grupo de pessoas - e levá-la
para se casar com Cristo.
Veja
o final de Efésios 5. Ele estava falando do relacionamento entre marido e
mulher, e então diz: "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se
unirá a sua mulher;e serão dois nu ma carne. Grande é este mistério; digo-o,
porém, a respeito de Cristo e da Igreja". Nos propósitos eternos de Deus,
Cristo e a Igreja foram um desde o princípio. E quando Ele começou a revelar
Seu propósito, o primeiro tipo foi de Cristo e a Igreja. Adão e Eva e o modo
como foram formados.
No
livro de Apocalipse, o ministério tem a ver em grande parte com os anjos, pois
ao longo de todo o livro há uma certa atmosfera reservada, e não um clima de
intimidade. Por exemplo, "pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João
Seu servo" (Ap 1:1). Foi o bendito Senhor que recebeu de Deus a revelação.
Em Apocalipse 21.9 diz: "E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete
taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem,
mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro". E imediatamente o
transporta em espírito a um grade e alto monte, pois a vocação da Igreja está
muito acima da Um;é celestial. O modo como a noiva correspondeu à sua vocação
celestial já é um outro assunto. Sua resposta à sua vocação tem sido um triste
e desalentador fracasso. Seu lugar e sua responsabilidade na Terra eram para
representar o Senhor como o noivo celestial (Mt 25). Todavia o fracasso dela
tem sido completo. Nada poderia ser mais triste ou lamentável.
Lemos
em Apocalipse 17:1: "Vem, mostrar-te-ei", não a grande prostituta,
mas "a condenação da grande prostituta". Trata-se da igreja professa
em seu lugar de responsabilidade de levar a luz divina neste mundo - de
representar Cristo. A Igreja afundou ao nível do mundo. Por isso é dito:
"Mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta".
Sempre
que escutamos falar de Babilônia em Apocalipse (onze vezes) é dito que ela é
grade. Se tivesse sido fiel, a Igreja nunca teria sido grande na Terra.
"Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós" (Jo 15:20). O
fracasso dela foi completo e cabal. A grande prostituta está sentada sobre
muitas águas e governa as massas do povo. O cristianismo tornou-se popular no
mundo, mas um cristianismo popular é um cristianismo caído. É algo impuro - uma
mistura do que divino com o que é terreno.
"E
levou-me em espírito a um deserto" (Ap 17:3). A primeira coisa que notamos
é o "deserto" em contraste com o "grande e alto monte" (Ap
21:10). A verdade de Cristo e da Igreja, o Cordeiro e Sua noiva, só pode ser
aprendida quando se está, em espírito, fora.
"E
me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha, e me mostrou
a santa cidade" (Ap 21:10 - Almeida Atualizada). A omissão da palavra
"grande" cidade aqui é importante. Todas as vezes que se faz
referência à Babilônia, sempre é no sentido de "grande", mas a
primeira característica dada da noiva, a esposa do Cordeiro, não é a sua
grandeza, mas sua santidade.
"E
me mostrou e santa cidade" - acho isto muito precioso. Santidade é o que a
nova natureza almeja, seja individual ou coletivamente. Santidade é a atmosfera
na qual a natureza divina se sente em casa e onde ela respira livremente.
Quando em outra atmosfera, ela não respira livremente, pois aquela atmosfera é
sufocante para a nova natureza.
"A
santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus" (Ap 21:10 -
Almeida Atualizada). "De Deus" é a fonte;a cidade é de Deus e provém
de Deus. "Do céu" é o caráter. A cidade é divina e celestial. Veja 2
Coríntios 5.1: "Uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus".
Encontramos neste versículo a origem ou fonte destes corpos glorificados. Deus
é a fonte, e eles são celestiais em sua natureza.
Leia
1 Coríntios 15:47: "O primeiro homem, da Terra, é terreno; o segundo
homem, o Senhor, é do céu". Estas são as origens dos dois homens - um é da
terra e outro do céu. Então, nos versículos 48 e 49 temos, "qual o
terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os
celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também
a imagem do celestial". Finalmente Ele nos diz como alcançaremos a imagem
do celestial, tanto os que dormiram como os que não dormiram. Os versículos 51
e 52 declaram: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de
olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados". É assim que
ficaremos conformes a este segundo Homem.
Adão
não foi feito para o céu, nem o céu para o homem. Deus preparou a Terra para o
homem e o colocou nela;ali tudo correspondia à sua natureza. Se Deus o tivesse
levado para o céu, este não estada de acordo com a sua natureza, pois ele não
havia sido feito para o céu. O homem perdeu sua herança terrena, mas agora ele
recebeu uma herança melhor, pois a redenção concede isto a ele. A redenção não
apenas restaura um homem quando perdido, mas o introduz em uma bênção
infinitamente mais plena, assim como os céus são infinitamente mais elevados do
que a Terra.
Em
Apocalipse 21:1-8 temos a eternidade: "E eu, João, via santa cidade, a
nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada
para o seu marido". Trata-se da nova Jerusalém, não da velha. Aqui não se
trata da Jerusalém restaurada na Terra, embora saibamos quão maravilhosa será a
Jerusalém na Terra.
As
bodas aconteceram mais de mil anos antes, mas a beleza da noiva continua a
mesma. "E ouviu ma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de
Deus com os homens, pois com eles habitará" (Ap 21:3). O fato é que Deus
armou o Seu tabernáculo entre os homens e isto faz com que até o céu pareça
surpreso: "Eis", diz aqui. A eterna habitação de Deus será entre os
homens, pois o Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo.
A
noiva, a esposa do Cordeiro, coloca diante de nós uma relação que tem como
característica e afeição. Elas "saíram ao encontro do esposo" (Mt
25:1). "Adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido" (Ap
21:2). Qual é a característica das afeições do casamento? Oh, são as mais doces
e cheias de frescor! No relacionamento humano, talvez elas não durem por muito
tempo, mas no relacionamento celestial será para sempre. Não acho que serão as
mais profundas, mas serão as mais cheias de frescor.
A
noiva, a esposa do Cordeiro, é este grupo de santos que o Espírito de Deus tem
reunido desde que desceu do céu em Pentecostes, unindo-os em um só corpo e a
Cristo na glória. Não é algo individual; nenhum santo é individualmente a
noiva. Não existe um santo sobre a Terra que não faça parte da noiva, a esposa
do Cordeiro. ("Santo" é uma
relação individual, assim como "pai" e "filhos").
Temos
uma ilustração da beleza do casamento no Salmo 45. Trata-se da Jerusalém
terrenal, como tipo (até onde pode ser) da celestial. O Salmo se refere a
Jerusalém e às cidades de Judá. O versículo 6 se aplica ao Senhor Jesus
conforme O vemos apresentado em Hebreus 1:8.
É
importante vermos que o Senhor tomará duas esposas: a terrenal ou judia, e a
celestial. Ele entrará em um relacionamento com a celestial antes de fazê-lo
com a terrenal, e será um diferente tipo de relacionamento. Antes de Ele Se
estabelecer com Israel em uma relação matrimonial, terá que limpar o caminho
por meio de juízo - "Cinge a Tua espada à coxa, ó Valente, com a Tua
glória e a Tua majestade. E neste Teu esplendor cavalga prosperamente, por
causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a Tua destra Te ensinará coisas
terríveis" (Sl 45:3-4).
Após
os juízos Jerusalém se torna o centro de um sistema relacionado a Ele e à Sua
noiva. Isto é facilmente entendido de João 3:26:"E foram ter com João, e
disseram-lhe: Rabi, Aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste
testemunho, ei-Lo batizando, e todos vão ter com Ele". Eles estavam com
ciúmes da reputação de seu mestre. João ocupava uma posição maravilhosa entre o
povo. Milhares tinham ido após ele para serem batizados. Agora o vemos perdendo
seu lugar.
"João
respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada
do céu. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse:Eu não sou o Cristo, mas
sou enviado adiante dEle. Aquele que tem a esposa é o Esposo; mas o amigo do
Esposo, que Lhe assiste e O ouve, alegra-se muito com a voz do Esposo. Assim,
pois, já este meu gozo está cumprido. É necessário que Ele cresça e que eu
diminua" (Jo 3:27-30). Nada havia sido feito conhecer sobre Cristo e a
Igreja. Estava tudo oculto em Deus. Agora Israel está divorciada por sua
infidelidade;isto é, por haver se tornado idólatra. O Senhora irá tomar
novamente.
As
Jerusaléns, tanto a celestial como a terrenal, serão visivelmente ligadas. O
céu e a Terra naquele dia não estarão separados, absolutamente, mas visível ou
fisicamente ligados. Vem os isto em Apocalipse 21:24: "E os reis da Terra
trarão para ela a sua glória e honra". Haverá uma abóbada de glória, mas
eles não serão capazes de ver o que há do lado de dentro. No monte da transfiguração
os discípulos podiam enxergar aqueles dois homens entrarem na nuvem, mas não
podiam ver o que havia dentro dela. Eles podiam ver a nuvem e sabiam que eles
estavam ali, e conheciam a voz do Pai saindo dela. Aquilo é uma antevisão das
duas Jerusaléns. Que imensa mudança do que se vê hoje. Uma série de terríveis
juízos prepara o caminho, e a justiça fará o que a graça não fez.
A
santa cidade, descendo de Deus vinda do céu, simboliza sua origem divina e
celestial. A noiva, a esposa do Cordeiro, é simplesmente um grupo de pessoas
redimidas, unidas ao Senhor naquele caráter de relacionamento existente entre
um homem e sua esposa. A Igreja não está casada agora. Israel estava casada;é
por isso que é chamada de adúltera. Ela está posta de lado. A Igreja está
apenas noiva.
Em
Apocalipse 17:2 vemos: "se embebedaram com o vinho da sua
prostituição". Trata-se do efeito entorpecedor da união da igreja com o
mundo. Uma pessoa intoxicada não pode ver coisa alguma claramente. Quando
ficamos intoxicados com o espírito deste mundo, não podemos ver coisa alguma
claramente. Jeová divorciou-Se de Israel, mas voltará a Se casar com ela. Ele
nunca irá Se divorciar da Igreja. Quando Ele trata com a Igreja como Sua
testemunha, Ele deixa a falsa de lado para sempre. Antes do juízo Ele tira a
verdadeira para fora da massa da profissão cristã.
Os
judeus permanecerão nesta Terra. Creio que a distinção que existe entre judeu e
gentio irá cessar na eternidade, pois no início de Apocalipse 21 lemos:
"Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens". Durante o milênio os
Judeus terão sua identidade como tal, mas não encontro qualquer coisa nas
Escrituras que indique que o Judeu entrará na eternidade como Judeu.
Basicamente, os novos céus e a nova Terra em Isaías 65 não prosseguem pela
eternidade;eles são dispensacionais. Leia os versículos 17-25. Está evidente
que eles não vão além do tempo, e o "novo" ali é no sentido moral -
não há mais choro ou clamor, ou qualquer coisa do tipo.
Em
Isaías 66:22 lemos: "Porque, como os novos céus, e a nova Terra, que hei
de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim também há de estar
a vossa posteridade e o vosso nome". Isto parece deixar claro. Então, no
versículo 23, "E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um
sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor. E
sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra Mim; porque o
seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a
carne".
Pode-se
ver que aqui fala do para sempre do tempo, e encontra mos nas Escrituras com
maior freqüência o para sempre do tempo do que o para sempre da eternidade, de
modo que é o contexto o que deve decidir de qual se trata. No final, o
tabernáculo de Deus estará com os homens, e as coisas dispensacionais terão se
acaba- do para sempre.
Entendo
isto da seguinte maneira. Primeiro, havia um povo que falava uma só língua. Os
homens quiseram obter independência de Deus e começaram a trabalhar na
construção de uma torre que alcançasse o céu a fim de não serem dispersos. Mas
Deus desceu e confundiu suas línguas. Mais tarde Deus levantou outro povo ao
chamar um novo rebanho que tinha Abraão como líder. Neste ponto encontramos
dois povos sobre a Terra: o Judeu e o gentio. A Terra seguiu seu curso por
cerca de dois mil anos. Então veio Cristo, e um terceiro povo, a Igreja de
Deus, passou a existir. Estes três povos têm seguido por cerca de dois mil
anos. Logo Ele levará a Igreja para o lugar ao qual ela pertence - para o céu.
Então Deus passará a ter novamente o Judeu e o gentio sobre a Terra, e assim
seguirão até o fim do milênio. Na eternidade, que se segue, voltamos a ter um
povo outra vez.
Deus
irá habitar com os homens por toda a eternidade nos novos céus e na nova Terra.
Durante o milênio Ele Habitará imediatamente sobre eles, mas não com eles. Ele
terá o Seu templo, e isto será algo dispensacional. Continuarão a existir
nações e morte para o pecador, pois ainda continuará a haver desobediência. De
sábado a sábado eles sairão e verão as carcaças daqueles que transgrediram, e
isto lhes servirá de aviso. O milênio será uma época maravilhosa, mas não vemos
ali perfeição, pelo menos não aquela na qual Deus possa ter completa
satisfação.
Se
você ler Sofonias 3:14 até o fim, verá uma figura da Jerusalém dos judeus em um
tempo vindouro. Trata-se de algo dispensacional, não de perfeição.
A
noiva e Israel continuarão a ser dois povos separados. Não digo que Israel
continue além dos mil anos ou que a dispensação continue ao longo da
eternidade. Pelo que sei, no que concerne a Israel não encontramos nada que
seja realmente eterno. Sempre existirá um povo terrenal e um celestial.
Em
Apocalipse 5:9 vemos os redimidos
celestiais, e é este o grupo que canta - "Digno és de tomar o
livro, e de abrir os seus selos;por- Que
foste morto, e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e
língua, e povo, e nação."
Temos,
então, um círculo ao redor deste - os anjos - e eles dizem: "Digno é o
Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força,
e honra, e glória, e ações de graças".
A
seguir temos: "E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra e
debaixo da terra, e que está no mar e a todas as coisas que neles há dizer:Ao
que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e
honra, e glória, e poder para todo o sempre".Toda a criação (céu e Terra)
é introduzida na bênção.
Gostaria
de dizer algo sobre Apocalipse 7. Temos ali detalhes sobre os povos celestial e
terrenal que existirão no milênio. Ali é mostrado o número completo de todas as
tribos dos filhos de Israel e um grupo inumerável de gentios, os irmãos e as
ovelhas de Mateus 25. Nós os vemos já estabelecidos em bênção em Apocalipse 7,
que é um parêntese entre dois grupos de juízos.
Repare
nos versículos 10-13: "E [os da multidão] clamavam com grande voz,
dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. E
todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais;
e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo:
Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e
força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém. E um dos anciãos me falou,
dizendo:Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde
vieram?" Neste versículo ele chama a atenção para algo ao fazer uma
pergunta.
"E
eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me:Estes são os que vieram da
grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do
Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite
no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua
sombra", ou seja, Ele estenderá Sua habitação sobre eles. Vemos isto em
Isaías e outras passagens. Trata-se daquela abóbada celestial sobre Jerusalém e
daquele trono celestial de autoridade, e sob ele a Jerusalém terrenal.
Lemos
no versículo 16, "Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol
nem calma alguma cairá sobre eles", isto é, nunca mais sofrerão perseguição,
nem o Sol (poder supremo) será outra vez opressor. "Porque o Cordeiro que
está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das
águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima." Este cenário
é o milênio; é dispensacional, não eterno.
Na
transfiguração sobre o monte, o Senhor nos dá uma figura do milênio. Os santos
celestiais e terrenais estarão separados como eles estavam no monte. Naqueles
três discípulos vemos os santos terrenais que nunca passaram pela morte. Temos
então o Senhor glorificado e os dois homens glorificados que aparecem em glória
e falam com Ele. Temos até o assunto da conversa.
Os
dois homens são figuras: Moisés tipifica os santos glorificados que passaram
pela morte, enquanto Elias representa os santos que nunca passaram pela morte.
Ambos estão na mesma glória, do mesmo modo como acontecerá quando o Senhor vier
e os vivos e os mortos forem igualmente introduzidos na mesma glória. Eles
estão na mesma condição de imortalidade. Uns têm seus corpos ressuscitados da
corrupção, e os outros são transformados para nunca mais estarem sujeitos à
morte.
W. Potter
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