É, sem dúvida alguma, um absurdo fazer mistério de tudo o que fazemos, e há muitas coisas que é melhor que expliquemos às crianças, a fim de verem que são coisas sábias e razoáveis. Porém, criá-las com a idéia de que não devem receber nada sem antes se certificarem - que elas, com sua compreensão fraca e imperfeita, devem ter antes os "por quê?" e os "qual o motivo?" claramente explicados para cada passo que devem dar - trata-se, isto sim, de um temível engano que provavelmente trará um péssimo efeito à mente das crianças.
Coloque diante de seus filhos o exemplo de Isaque quando Abraão levou-o para oferecer sobre o Monte Moriá (Gn 22). Ele perguntou a seu pai simplesmente: "Onde está o cordeiro para o holocausto?" E não recebeu outra resposta além desta: "Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho". Como, quando, de onde, de que maneira, ou por que meios - nada disso foi dito a Isaque; mas a resposta foi suficiente. Ele creu que tudo estaria bem pois seu pai lhe dissera, e ficou satisfeito com isso. - J. C. Ryle - (continua...)
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