Mesmo sendo constantemente jogados de um lado para o outro, como o somos, pelas circunstâncias que estão sempre mudando, o simples fato de estarmos aptos a dizer "Eu sou do Senhor" pode manter nossa alma em uma paz duradoura. É o céu começando aqui nesta terra.
Venha o que vier -- a dor ou a fadiga, pobreza ou perseguição, algemas ou prisões, fogo ou dilúvio -- ainda assim as doces palavras, "Eu sou do Senhor", nos capacitarão a dizer: "Em nada tenho a minha vida por preciosa" (At. 20:24).
E que forças recebemos quando estas poucas palavras, "Eu sou do Senhor", tornam-se um pensamento permanente a percorrer perpetuamente as mais íntimas recâmaras de nosso coração! Elas irão nos afastar do mundo mau; irão nos manter calmos e pacientes em meio à inquietação e rivalidade deste mundo, mesmo enquanto estamos cercados por seus turbulentos distúrbios e revoluções; irão nos erguer muito acima de seus ôcos prazeres, e nos proteger de seus perigosos estratagemas. Então, não estaremos ansiosos por coisa alguma; ficaremos ocupados apenas em agradar a nosso Pai, pois quaisquer que sejam as tribulações que possam nos ameaçar ou assolar, podemos nos manter confiantes, fazendo conhecidas de Deus as nossas petições, e a Sua paz, conforme nos promete a Sua Palavra, "guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" (Fp. 4:6,7).
A própria morte não é morte para o crente; é a entrada para a vida, desembaraçada de todas as coisas que nos oprimem neste mundo. Mas não somente a paz será nossa porção, como também estaremos permanentemente cheios de um esfuziante gozo, sabendo que "o que há de vir virá, e não tardará", e então estaremos para sempre com o Senhor . (1 Ts. 4:17).
E. J. Checkley