Tudo isso fala da grandeza e da magnificência de Deus, não somente em Si mesmo, mas na maneira como somos tratados por Ele. E, amados, essa verdade abençoada está disponível para nós. Todos os nossos pecados deveriam ser julgados considerando essa grandeza. É certamente verdade que o pecado é excessivamente maligno. Aos olhos da fé que considera a glória devida a Deus, a menor mancha ou mácula na Sua justa obra é considerada uma total ofensa.
Um pequeno furo escavado na parede foi suficiente para mostrar a um profeta grandes abominações (Ez 8.7). Mas quando esses fatos são trazidos para estar lado a lado com a grandeza da graça que está em Deus nosso Salvador, de que tamanho ficam? Onde estava o pecado carmesim dos adúlteros? Onde os pecados que a mulher samaritana estava acostumada a cometer? Podem ser procurados, mas não podem ser encontrados. Desaparecem na presença da graça que foi trazida para brilhar ao lado deles. A abundante graça removeu a afronta para sempre.
Deus que pode tomar as ilhas como uma coisa muito pequena, e que mede a quantidade das águas na cavidade de Sua mão, remove nossos pecados para longe, para “uma terra solitária” (Lev 16.22).
“Eu ouço o rugido do acusador
contar os males que eu tenho feito
- eu os conheço bem, e sei de milhares mais-
Jeová, porém, não os considera jamais.”
Com estes pensamentos nós podemos encorajar nossos corações. Nosso Deus quer que o conheçamos em Sua própria grandeza. Olhe somente para o pecado, e a menor partícula dele será um monstro. Ponha-o ao lado de Sua graça, e ele desaparece. E toda esta expressão da grandeza divina irrompe em Jesus durante todo este evangelho. Há em toda parte dele o mesmo tom e a mesma postura do Filho do Deus, Nele e sobre Ele, embora nós o vejamos tanto no trabalho árduo como em sofrimento.
J.G. Bellett
Extraído de: J.G. Bellett : The Evangelists: Meditations on the Four Gospels
(N.T. No estudo do Evangelho de João o autor faz uma reflexão sobre o Salmo 36 e diz que esse pensamento lhe deu muito conforto).
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