Os recentes eventos e discussões políticas nos Estados Unidos servem para nos lembrar de que Deus frequentemente estabelece os piores homens e mulheres para dirigir as nações deste mundo (Dn 4:17). Todavia não é minha intenção aqui entrar na questão política, mas sim discutir alguns princípios das Escrituras que podem nos ajudar a entender como Deus mantém controle das questões dos homens, ao mesmo tempo em que os deixa livres para seguirem seus próprios desejos e inclinações.
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O diadema perdido - F. B. Hole
Dizer que uma característica marcante do tempo presente é o espírito quase universal de inquietação é falar o óbvio. A coisa toda é tão patente ao ponto de ser evidente até para a mente mais frívola. Confronto de interesses, conflito, revolta e inquietação já não são novidades no mundo. Desde a entrada do pecado, quando foi que coisas assim não existiram? Todavia, ao admitirmos isso nos atrevemos a afirmar que a atual epidemia de agitação e revolta atingiu proporções tais que pode ser corretamente denominada como a principal característica desta era. E mais: tendo a Bíblia como nosso guia podemos antecipar que isso irá aumentar ainda mais.
O cristao e a guerra - C. H. Mackintosh
Nosso Senhor Jesus Cristo deixou-nos um exemplo para que seguíssemos os Seus passos. Poderíamos nós seguir as Suas pegadas em um campo de batalha? Somos chamados a andar como Ele andou. Será que ir à guerra é andar como Ele andou?
Oh! Falhamos em muitas coisas; mas se nos perguntam se é correto um cristão ir à guerra, podemos responder apenas fazendo referência a Cristo. Como Ele procedeu? Acaso Ele veio para destruir vidas humanas? Não foi Ele Quem disse que "os que lançarem mão da espada a espada morrerão"? (Mt 26.52.) Ele também disse, "não resistais ao mal" (Mt 5.39). Como podemos conciliar tais palavras com a ida à guerra?
Mas alguém poderá dizer: - O que seria de nós se todos adotassem tais princípios? A isto respondemos que se todos nós adotássemos tais princípios celestiais não haveria mais guerra e, portanto, não precisaríamos mais lutar. Mas não cabe a nós ficar debatendo a respeito dos resultados da obediência. Temos apenas que obedecer à Palavra de nosso bendito Mestre e andar nas Suas pegadas; e se o fizermos, com toda certeza jamais alguém nos verá indo à guerra.
Há aqueles que citam o versículo da Palavra de Deus, "o que não tem espada, venda o seu vestido e compre-a" (Lc 22.36), como sendo uma permissão para se ir à guerra. Mas qualquer mente simples pode ver que este versículo nada tem a ver com a questão. Ele se refere a uma nova ordem de coisas na qual os discípulos teriam que entrar quando o Senhor fosse levado. Enquanto Ele estava com eles, nada lhes faltava; mas então eles teriam que enfrentar, na Sua ausência, o pleno embate com a oposição do mundo. Resumindo, essas palavras tinham uma aplicação totalmente espiritual.
Procura-se usar com frequência o fato de o centurião de Atos 10 não ter sido aconselhado a renunciar ao seu cargo. Não é do feitio do Espírito de Deus colocar as pessoas sob um jugo. Ele não diz ao que acaba de se converter: - Deixe isto e aquilo. A graça de Deus vai se encontrar com o homem onde ele está e leva-lhe uma salvação completa e a partir de então o ensina como andar de modo a expressar as palavras e os modos de Cristo em todo o seu poder santificador e formador do caráter do cristão.
Porém, há ainda aqueles que costumam dizer:
- Acaso o apóstolo, em 1 Coríntios 7, não nos diz para permanecermos na vocação em que formos chamados?
Sim; porém com esta cláusula que mostra claramente os limites disto: "diante de Deus". Isto faz uma diferença substancial. Suponha que um carrasco se converta; poderia ele continuar na sua vocação? Talvez alguém diga que este é um caso extremo. Certamente, mas é um caso que pode ocorrer, e prova quão falho é argumentar utilizando 1 Coríntios 7. Isto prova que há vocações em que uma pessoa não poderia permanecer como estando "diante de Deus".
Finalmente, no que se refere a esta questão, temos que simplesmente perguntar: - Acaso ir à guerra é permanecer diante de Deus ou andar nas pegadas de Cristo? Se for, então que os cristãos procedam assim; mas se não for, então o que fazer?
Oh! Falhamos em muitas coisas; mas se nos perguntam se é correto um cristão ir à guerra, podemos responder apenas fazendo referência a Cristo. Como Ele procedeu? Acaso Ele veio para destruir vidas humanas? Não foi Ele Quem disse que "os que lançarem mão da espada a espada morrerão"? (Mt 26.52.) Ele também disse, "não resistais ao mal" (Mt 5.39). Como podemos conciliar tais palavras com a ida à guerra?
Mas alguém poderá dizer: - O que seria de nós se todos adotassem tais princípios? A isto respondemos que se todos nós adotássemos tais princípios celestiais não haveria mais guerra e, portanto, não precisaríamos mais lutar. Mas não cabe a nós ficar debatendo a respeito dos resultados da obediência. Temos apenas que obedecer à Palavra de nosso bendito Mestre e andar nas Suas pegadas; e se o fizermos, com toda certeza jamais alguém nos verá indo à guerra.
Há aqueles que citam o versículo da Palavra de Deus, "o que não tem espada, venda o seu vestido e compre-a" (Lc 22.36), como sendo uma permissão para se ir à guerra. Mas qualquer mente simples pode ver que este versículo nada tem a ver com a questão. Ele se refere a uma nova ordem de coisas na qual os discípulos teriam que entrar quando o Senhor fosse levado. Enquanto Ele estava com eles, nada lhes faltava; mas então eles teriam que enfrentar, na Sua ausência, o pleno embate com a oposição do mundo. Resumindo, essas palavras tinham uma aplicação totalmente espiritual.
Procura-se usar com frequência o fato de o centurião de Atos 10 não ter sido aconselhado a renunciar ao seu cargo. Não é do feitio do Espírito de Deus colocar as pessoas sob um jugo. Ele não diz ao que acaba de se converter: - Deixe isto e aquilo. A graça de Deus vai se encontrar com o homem onde ele está e leva-lhe uma salvação completa e a partir de então o ensina como andar de modo a expressar as palavras e os modos de Cristo em todo o seu poder santificador e formador do caráter do cristão.
Porém, há ainda aqueles que costumam dizer:
- Acaso o apóstolo, em 1 Coríntios 7, não nos diz para permanecermos na vocação em que formos chamados?
Sim; porém com esta cláusula que mostra claramente os limites disto: "diante de Deus". Isto faz uma diferença substancial. Suponha que um carrasco se converta; poderia ele continuar na sua vocação? Talvez alguém diga que este é um caso extremo. Certamente, mas é um caso que pode ocorrer, e prova quão falho é argumentar utilizando 1 Coríntios 7. Isto prova que há vocações em que uma pessoa não poderia permanecer como estando "diante de Deus".
Finalmente, no que se refere a esta questão, temos que simplesmente perguntar: - Acaso ir à guerra é permanecer diante de Deus ou andar nas pegadas de Cristo? Se for, então que os cristãos procedam assim; mas se não for, então o que fazer?
C. H. Mackintosh ("Things New and Old" - Fev.1876)
Politica
Quando a campanha política começa a se aquecer e o mundo é envolvido com clamores contra ou a favor deste ou daquele candidato, os cristãos que são conscientes de sua chamada celestial podem continuar serenos, sabendo que os homens estão tão somente executando o que Deus já predeterminou por Sua mão e por Seus desígnios.
Apesar de Satanás ser o príncipe deste mundo e estar cegando as mentes daqueles que não crêem em Cristo, Deus continua acima de todas as coisas e Se move por detrás dos cenários para executar Seus conselhos e propósitos. Talvez não seja o que os homens pensem ser o melhor, mas devemos nos lembrar que este mundo, na forma em que se encontra, não está caminhando para um futuro brilhante e sim para uma tribulação tal como nunca se viu antes. Este mundo é culpado de haver expulsado o Filho de Deus, e ainda não se arrependeu do que fez; o justo juízo de Deus paira sobre este mundo, pronto para ser derramado assim que os verdadeiros cristãos forem tirados daqui.
É um erro os verdadeiros cristãos pensarem que, por meio da política, poderão aprimorar este mundo arruinado. Quando o próprio Senhor esteve aqui, Ele não tentou melhorar o sistema do mundo; Ele se recusou a julgar uma causa entre dois irmãos (Lc. 12:14), a remover o iníquo Herodes ou a impedir o perverso Pilatos. Ele deixou este mundo assim como o encontrou, exceto pelo fato de que quando saiu daqui, o mundo havia se tornado culpado por rejeitá-Lo. Será que nos achamos capazes de fazer o que o Senhor não fez? Acaso Deus terá mudado Seus pensamentos com respeito a este mundo? Ele enviou o Seu Filho para testificar dEle, e foi para isto também que o Filho nos enviou a este mundo.
Assim sendo, o cristão que desejasse ajudar na escolha, ou a exercer domínio sobre o poder político estaria agindo de uma maneira completamente diferente do Senhor. Cristo é o Herdeiro deste mundo e somos co-herdeiros com Ele; poderíamos nós, co-herdeiros, desejar um lugar ou posição aqui, antes mesmo do próprio Herdeiro? Não passamos de seguidores daquEle que foi rejeitado, esperando o momento quando Ele nos levará para o Lar. Nossa posição é bem parecida à dos Israelitas que, protegidos pelo sangue do cordeiro no Egito, enquanto este se encontrava sob a divina sentença, esperavam pela ordem de partir. Seria um absurdo os Israelitas se envolverem com a política do Egito, ou buscarem melhorias para aquela terra condenada!
O cristão é exortado a respeitar a todos aqueles que se encontram revestidos de autoridade, e tratá-los como tendo sido estabelecidos pelo próprio Deus, mas ao mesmo tempo devem viver como estrangeiros e peregrinos. O lar do cristão não é aqui; ele está apenas de passagem. Ele se encontra aqui para representar Aquele que está no céu -- para manifestar Cristo e Suas obras, que foram sempre tão plenas de graça e verdade.
Um certo escritor traduziu Filipenses 3:20 da seguinte maneira: "Nossa política está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." Quão grande conforto isto nos traz! E que encorajamento! Este sentimento deveria nos libertar de toda a participação, e até mesmo de qualquer ansiedade em qualquer agitação política seja ela onde e quando for. Logo iremos ouvir aquele chamado para partirmos e nos encontrarmos com nosso Senhor nos ares. Que possamos ser achados buscando em Cristo tudo aquilo que precisamos, o Cordeiro que foi morto e que levou todo o juízo em nosso lugar, e por cujo sangue precioso estamos protegidos, enquanto nos encontramos prontos (com sandálias nos pés e cajado na mão), para partir (leia Êxodo 12:8-12).
Se estamos, portanto, aguardando nosso Senhor e Salvador para qualquer momento, podemos agora mesmo deixar que este mundo se ocupe com suas próprias disputas em busca de posição e poder. Para o mundo tudo isso irá durar muito pouco. Por outro lado, quando Cristo vier mais tarde conosco para estabelecer o Seu reino em poder e grande glória, sabemos que irá durar por mil anos.
Apesar de Satanás ser o príncipe deste mundo e estar cegando as mentes daqueles que não crêem em Cristo, Deus continua acima de todas as coisas e Se move por detrás dos cenários para executar Seus conselhos e propósitos. Talvez não seja o que os homens pensem ser o melhor, mas devemos nos lembrar que este mundo, na forma em que se encontra, não está caminhando para um futuro brilhante e sim para uma tribulação tal como nunca se viu antes. Este mundo é culpado de haver expulsado o Filho de Deus, e ainda não se arrependeu do que fez; o justo juízo de Deus paira sobre este mundo, pronto para ser derramado assim que os verdadeiros cristãos forem tirados daqui.
É um erro os verdadeiros cristãos pensarem que, por meio da política, poderão aprimorar este mundo arruinado. Quando o próprio Senhor esteve aqui, Ele não tentou melhorar o sistema do mundo; Ele se recusou a julgar uma causa entre dois irmãos (Lc. 12:14), a remover o iníquo Herodes ou a impedir o perverso Pilatos. Ele deixou este mundo assim como o encontrou, exceto pelo fato de que quando saiu daqui, o mundo havia se tornado culpado por rejeitá-Lo. Será que nos achamos capazes de fazer o que o Senhor não fez? Acaso Deus terá mudado Seus pensamentos com respeito a este mundo? Ele enviou o Seu Filho para testificar dEle, e foi para isto também que o Filho nos enviou a este mundo.
Assim sendo, o cristão que desejasse ajudar na escolha, ou a exercer domínio sobre o poder político estaria agindo de uma maneira completamente diferente do Senhor. Cristo é o Herdeiro deste mundo e somos co-herdeiros com Ele; poderíamos nós, co-herdeiros, desejar um lugar ou posição aqui, antes mesmo do próprio Herdeiro? Não passamos de seguidores daquEle que foi rejeitado, esperando o momento quando Ele nos levará para o Lar. Nossa posição é bem parecida à dos Israelitas que, protegidos pelo sangue do cordeiro no Egito, enquanto este se encontrava sob a divina sentença, esperavam pela ordem de partir. Seria um absurdo os Israelitas se envolverem com a política do Egito, ou buscarem melhorias para aquela terra condenada!
O cristão é exortado a respeitar a todos aqueles que se encontram revestidos de autoridade, e tratá-los como tendo sido estabelecidos pelo próprio Deus, mas ao mesmo tempo devem viver como estrangeiros e peregrinos. O lar do cristão não é aqui; ele está apenas de passagem. Ele se encontra aqui para representar Aquele que está no céu -- para manifestar Cristo e Suas obras, que foram sempre tão plenas de graça e verdade.
Um certo escritor traduziu Filipenses 3:20 da seguinte maneira: "Nossa política está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." Quão grande conforto isto nos traz! E que encorajamento! Este sentimento deveria nos libertar de toda a participação, e até mesmo de qualquer ansiedade em qualquer agitação política seja ela onde e quando for. Logo iremos ouvir aquele chamado para partirmos e nos encontrarmos com nosso Senhor nos ares. Que possamos ser achados buscando em Cristo tudo aquilo que precisamos, o Cordeiro que foi morto e que levou todo o juízo em nosso lugar, e por cujo sangue precioso estamos protegidos, enquanto nos encontramos prontos (com sandálias nos pés e cajado na mão), para partir (leia Êxodo 12:8-12).
Se estamos, portanto, aguardando nosso Senhor e Salvador para qualquer momento, podemos agora mesmo deixar que este mundo se ocupe com suas próprias disputas em busca de posição e poder. Para o mundo tudo isso irá durar muito pouco. Por outro lado, quando Cristo vier mais tarde conosco para estabelecer o Seu reino em poder e grande glória, sabemos que irá durar por mil anos.
Paul Wilson
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