Parece-me existir uma grande confusão entre a nossa personalidade sempre imutável, sua inerente responsabilidade, e o pecado que habita em nós, bem como os pecados que cometemos. O homem é espírito, alma e corpo (Gênesis 2:7), um ser responsável. O pecado foi introduzido nele na queda como uma coisa distinta, um princípio do mal (Gênesis 3; Romanos 5:12). O resultado foram os pecados, os frutos maus. Estando sob o poder do pecado, a tendência foi a carne tornar-se predominante, e assim o termo carne foi estampado em sua condição moral. "Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne" (Gn 6:3), e no que se refere a Deus, o homem se tornou morto em ofensas e pecados. Ora, a Epístola aos Romanos revela de forma distinta esse triplo conceito. Existe o homem responsável, os pecados que comete, e o pecado que entrou nele na queda.
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Ossos secos, ossos verdes - Mario Persona
A parte mais durável de nosso corpo são os ossos, que resistem por séculos ou até milênios após a morte. Talvez seja por isso que a Palavra de Deus usa "ossos" como a expressão de experiências profundas, duradouras e difíceis de desaparecer. Jó usa a expressão para descrever sua dor, sofrimento e miséria, ao dizer que "de noite se me traspassam os meus ossos" (Jó 30:17). Davi também demonstra sua angústia Quando diz: "Os meus ossos estão perturbados" (Sl 6:2) e depois, profeticamente, revela os sentimentos do Senhor Jesus na cruz, que diz: "Todos os meus ossos se desconjuntaram" (Sl 22:14) e "e os meus ossos se consomem" (Sl 31:10).
Arrependimento - M. Persona
Quando li a notícia de que o artista estava arrependido, pensei em como é estranha esta palavra, “arrependimento”. Após ter decepcionado seus fãs com uma declaração de mau jeito, publicou uma nota na qual dizia estar arrependido, seguida da expressão: “Todo mundo erra”. Não é este o arrependimento bíblico, aquele do réu que coloca seu pescoço sob a lâmina do algoz, mesmo porque no cepo de execução só existe espaço para um pescoço. Não dá para colocar “todo mundo” ali.
Como educar a crianca? 14 - J. C. Ryle
Eduque-os, lembrando continuamente o poder do pecado. Isto o guardará de acalentar esperanças que não são bíblicas. É triste constatar quanta corrupção e quanto mal existe no coração de uma pequena criança, e quão cedo isso começa a dar fruto.
O casaco de peles
O vento gelado já se fazia sentir e as densas nuvens prenunciavam um inverno rigoroso. Buscando precaver-se contra o frio, o caçador dirigiu-se à floresta a fim de matar um urso, do qual planejava fazer um bom casaco de peles. Não demorou muito para encontrar um grande urso vindo em sua direção. O caçador levantou sua arma e, mirando no grande animal, preparou-se para atirar.
- Espere! - gritou o urso, - por que você quer me matar?
- Porque estou com frio - disse o caçador, - e preciso de um casaco.
O urso, mostrando-se dócil e amigo, retrucou: - Compreendo o seu problema, mas entenda que eu também tenho um problema a resolver pois estou com muita fome. Que tal se nós conversássemos a respeito e, juntos, procurássemos uma solução para nossos problemas? Tenho certeza de que poderemos chegar a um consenso!
O caçador concordou prontamente e, sentando-se ao lado do urso, começou a discutir com ele um meio de se chegar a uma solução que deixasse ambos satisfeitos. No final, o caçador acabou bem agasalhado com a pele do urso, e o urso pôde satisfazer sua fome.
Nós sempre saímos perdendo quando tentamos dialogar com o pecado. Ele acabará por nos consumir.
"Seduziu-o com a multidão das suas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o persuadiu. E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro, e como o louco ao castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que ele está ali contra a sua vida." Provérbios 7.21-23.
- Espere! - gritou o urso, - por que você quer me matar?
- Porque estou com frio - disse o caçador, - e preciso de um casaco.
O urso, mostrando-se dócil e amigo, retrucou: - Compreendo o seu problema, mas entenda que eu também tenho um problema a resolver pois estou com muita fome. Que tal se nós conversássemos a respeito e, juntos, procurássemos uma solução para nossos problemas? Tenho certeza de que poderemos chegar a um consenso!
O caçador concordou prontamente e, sentando-se ao lado do urso, começou a discutir com ele um meio de se chegar a uma solução que deixasse ambos satisfeitos. No final, o caçador acabou bem agasalhado com a pele do urso, e o urso pôde satisfazer sua fome.
Nós sempre saímos perdendo quando tentamos dialogar com o pecado. Ele acabará por nos consumir.
"Seduziu-o com a multidão das suas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o persuadiu. E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro, e como o louco ao castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que ele está ali contra a sua vida." Provérbios 7.21-23.
Autor desconhecido
Todas as coisas - F. G. Patterson
O que será que quer dizer a passagem em Romanos 8.28, que diz que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto"? Acaso as acusações do inimigo, e do nosso próprio coração, contribuem juntamente para nosso bem? Não são coisas agradáveis de se levar, então de que maneira elas contribuem para o nosso bem?
A passagem supõe que já exista a consciência da perfeita liberdade de graça na qual, como crentes, nós nos encontramos:
- "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" - "A lei do espírito da vida... livrou-me da lei do pecado e da morte"
- "Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito"
- O Espírito habita em nós e "testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros..."
Todavia, ainda não estamos de posse da herança, exceto naquilo que se refere a sabermos que ela é nossa, e nos encontramos numa criação que geme, ainda sujeita aos efeitos do pecado do homem: estamos ligadas a ela por um corpo que ainda está sujeito à morte, enquanto aguardamos a adoção, isto é, a redenção de nosso corpo. Fomos redimidos; nosso corpo está habitado pelo Espírito, que nos liga com Cristo nos céus, mas no corpo estamos ligados a uma criação que geme.
Fomos salvos na esperança da glória vindoura e aprendemos em paciência a esperar por ela. Numa tal condição, não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o sentimento divino que é produzido em nós pelo Espírito, se expressa por um gemido inexprimível. Mas naquilo em que o Espírito entra, Deus, que perscruta os corações, encontra em nós a mente do Espírito "que segundo Deus intercede pelos santos". Numa condição assim, embora não saibamos o que havemos de pedir como convém, sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus.
A dúvida, se "as acusações do inimigo, e do nosso próprio coração, contribuem juntamente para nosso bem" não caberia aqui; embora Deus possa fazer (e sem dúvida Ele faz) com que elas sejam transformadas para contribuírem para nossa bênção, pois o inimigo foi calado para sempre no que se refere à nossa aceitação para com Deus. O próprio Deus provou a Si mesmo por nós, e nos justificou, de forma que o Espírito Santo pergunta no versículo 33: "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?" Ninguém. "Quem os condenará?" Não poderia haver, e nem há efetivamente, acusação contra aqueles que estão em Cristo Jesus.
Quanto às acusações de nosso próprio coração, não temos nada que possa satisfazê-las. Se tivéssemos algo, seria um mau indício. Sabemos que não importa quão profunda seja a descoberta do mal que há em nosso coração, Cristo já o suportou todo, e o pôs de lado para sempre. Não fazemos um juízo suficientemente mau de nós mesmos. A partir do momento em que descobrimos que em nós "não habita bem algum" (Rm 7.18), e nos apossamos de um claro reconhecimento do que somos, que Cristo morreu por nós, e que Ele nos libertou completamente e para sempre, começando a não nos preocupar conosco - teremos chegado à conclusão que tudo o que nos dizia respeito já foi tratado.
O Espírito, que habita em nós, é entristecido com a mais tênue sombra de fracasso ou pecado e, portanto, não leva nossa alma a desfrutar (e nem poderia levar) da posição e da porção que temos. Ele faz com que nos voltemos para olhar o nosso próprio coração a fim de vermos o mal que há nele e tenhamos um exercício de julgar a nós mesmos a esse respeito; talvez seja isso que podemos confundir como "acusações do nosso próprio coração".
A passagem nos mostra, portanto, que em uma tal condição, Deus faz com que todas as coisas contribuam juntamente para o nosso bem (como um precioso consolo em meio às dificuldades e provações) - e desta maneira nosso coração é tranquilizado, na consciência de que os propósitos de Deus são cumpridos em Seu povo e a favor do Seu povo.
A passagem supõe que já exista a consciência da perfeita liberdade de graça na qual, como crentes, nós nos encontramos:
- "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" - "A lei do espírito da vida... livrou-me da lei do pecado e da morte"
- "Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito"
- O Espírito habita em nós e "testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros..."
Todavia, ainda não estamos de posse da herança, exceto naquilo que se refere a sabermos que ela é nossa, e nos encontramos numa criação que geme, ainda sujeita aos efeitos do pecado do homem: estamos ligadas a ela por um corpo que ainda está sujeito à morte, enquanto aguardamos a adoção, isto é, a redenção de nosso corpo. Fomos redimidos; nosso corpo está habitado pelo Espírito, que nos liga com Cristo nos céus, mas no corpo estamos ligados a uma criação que geme.
Fomos salvos na esperança da glória vindoura e aprendemos em paciência a esperar por ela. Numa tal condição, não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o sentimento divino que é produzido em nós pelo Espírito, se expressa por um gemido inexprimível. Mas naquilo em que o Espírito entra, Deus, que perscruta os corações, encontra em nós a mente do Espírito "que segundo Deus intercede pelos santos". Numa condição assim, embora não saibamos o que havemos de pedir como convém, sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus.
A dúvida, se "as acusações do inimigo, e do nosso próprio coração, contribuem juntamente para nosso bem" não caberia aqui; embora Deus possa fazer (e sem dúvida Ele faz) com que elas sejam transformadas para contribuírem para nossa bênção, pois o inimigo foi calado para sempre no que se refere à nossa aceitação para com Deus. O próprio Deus provou a Si mesmo por nós, e nos justificou, de forma que o Espírito Santo pergunta no versículo 33: "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?" Ninguém. "Quem os condenará?" Não poderia haver, e nem há efetivamente, acusação contra aqueles que estão em Cristo Jesus.
Quanto às acusações de nosso próprio coração, não temos nada que possa satisfazê-las. Se tivéssemos algo, seria um mau indício. Sabemos que não importa quão profunda seja a descoberta do mal que há em nosso coração, Cristo já o suportou todo, e o pôs de lado para sempre. Não fazemos um juízo suficientemente mau de nós mesmos. A partir do momento em que descobrimos que em nós "não habita bem algum" (Rm 7.18), e nos apossamos de um claro reconhecimento do que somos, que Cristo morreu por nós, e que Ele nos libertou completamente e para sempre, começando a não nos preocupar conosco - teremos chegado à conclusão que tudo o que nos dizia respeito já foi tratado.
O Espírito, que habita em nós, é entristecido com a mais tênue sombra de fracasso ou pecado e, portanto, não leva nossa alma a desfrutar (e nem poderia levar) da posição e da porção que temos. Ele faz com que nos voltemos para olhar o nosso próprio coração a fim de vermos o mal que há nele e tenhamos um exercício de julgar a nós mesmos a esse respeito; talvez seja isso que podemos confundir como "acusações do nosso próprio coração".
A passagem nos mostra, portanto, que em uma tal condição, Deus faz com que todas as coisas contribuam juntamente para o nosso bem (como um precioso consolo em meio às dificuldades e provações) - e desta maneira nosso coração é tranquilizado, na consciência de que os propósitos de Deus são cumpridos em Seu povo e a favor do Seu povo.
F. G. Patterson (Scripture Notes and Queries - 1871)
Naama, o leproso - Charles Stanley
"Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos siros: e era este varão homem valoroso porém leproso." (2 Rs. 5:1)
Quanto vale, afinal, a grandeza nas coisas deste mundo? Um homem pode se tornar bem famoso; pode prosperar nos negócios até superar quem quer que seja, ou pode escalar o mais alto pináculo de honra da grandeza política ou militar. Naamã era tudo isso, mas ele era leproso. Assim também, o homem, não importa qual posição ocupe neste mundo, é um pecador. Ah! isto estraga tudo; torna amargo todo e qualquer cálice deste mundo.
A lepra era incurável. Uma vez que contaminasse alguém, tal pessoa se tornaria imunda -- inchada, coberta de crostas e feridas -- uma asquerosa figura da condição do homem: perdido e arruinado ao extremo por causa do pecado. E o que é pior no que se refere ao pecado, como também o era no caso do leproso, o homem descobre que qualquer esforço para curar a si próprio é em vão. O temido veneno se alastra. Oh! quão repugnante é o pecado! Querido leitor, talvez há muito tempo que você espera melhorar, mas será que não ficou cada vez pior? Nenhum médico da Síria podia curar a lepra. Neste mundo não se pode encontrar um só remédio eficaz contra o pecado. Procure por todo o globo terrestre e verá que o homem não inventou a cura para o pecado. O mundo inteiro é um grande leprosário.
Deus escolheu as coisas fracas deste mundo. Uma pequena serva cativa torna-se a mensageira de Deus para aquele poderoso militar Sírio. Ela diz, "Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria: ele o restauraria da sua lepra". E eu posso dizer a você, querido leitor, "Oxalá que você estivesse aos pés de Jesus. Ele o limparia de seus pecados".
O Rei de Israel não tinha a fé que esta pequena serva demonstrava ter. Ele pensava que os Sírios buscavam um pretexto para guerrear. Ele, pensando acerca de si próprio, disse, "Sou eu Deus, para matar e para vivificar?".
"Sucedeu porém que, ouvindo Eliseu, homem de Deus", ele mandou avisar o leproso para que viesse ter com ele. "Veio, pois, Naamã". E tal qual era o homem, assim era a sua vinda! Trazia presentes, cavalos e carruagens! E ficou esperando na porta, mas Eliseu não aceitou qualquer um de seus presentes. A salvação de Deus não está à venda. Eliseu enviou um mensageiro dizendo, "Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado". Eliseu nem sequer saiu para falar com Naamã; tão somente enviou um mensageiro. Deve ser pela fé, e não por vista ou por sinais. Deus dá tão somente a Sua Palavra. Aquele que crê é salvo.
O rio Jordão era um tipo ou figura da morte. A arca da aliança havia permanecido em seu meio, enquanto todo o Israel passou a pés enxutos pelo seu leito seco, entrando na terra de Canaã. Trata-se de uma das mais surpreendentes ilustrações de Jesus tomando o nosso lugar no rio da morte. Não havia cura para este grande homem leproso, a não ser que mergulhasse sete vezes no rio da morte. Não há um meio sequer, em todo o universo, pelo qual um pecador possa ser limpo, a não ser pela morte de Jesus. Somente o Seu sangue nos limpa de todo pecado.
Como era de se esperar, isto fez com que o leproso ficasse profundamente indignado, o que nada mais é do que a indignação do coração humano contra o modo que Deus estabeleceu para limpar o pecado. "Com toda a certeza", deve ter pensado o leproso, "Deus irá fazer algo grandioso para mim ou em mim, para que eu seja salvo". "Mas, mergulhar no Jordão... sepultar-me em um rio de morte; que coisa mais desprezível!"
Além do mais, "não são porventura Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado?" E ele se foi indignado. Assim acontece ainda hoje, quando o pobre leproso pecador diz, "Não são as doutrinas da minha igreja muito melhores do que a salvação somente pela morte de Cristo? Minha igreja me diz para jejuar; para manter os votos de minha profissão de fé; em suma, para guardar todas as ordenanças de minha igreja. Não é muito melhor me lavar nesses rios de minha própria religião do que simplesmente crer em Deus no que se refere à morte de Cristo?"
Está bem, se você quer assim, então tente! Lave-se, lave-se, lave-se; e me mostre alguém, dos milhões que têm se lavado nos rios das religiões humanas, que esteja limpo do pecado. Mostre-me alguém que tenha certeza de que seus pecados estejam perdoados em virtude de todos os seus jejuns, orações e obediência às ordenanças. Não, não existe um sequer que, lavando-se nos velhos rios humanos, já tenha, ou possa algum dia ter, a certeza de que está salvo. Os servos de Naamã lhe disseram, "Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande cousa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado". Todas as nações são testemunhas do que um homem poderá fazer (se o fato de se fazer algo adiantasse) para se ver limpo do pecado.
"Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus: e a sua carne tornou, como a carne dum menino, e ficou purificado".
Com que magnificência, com toda a certeza, nos é exibida aqui a morte e a ressurreição, as duas grandes lições de Deus. A morte de Cristo: o fim do pecado; a ressurreição de Cristo: o início de uma existência totalmente nova. O velho leproso desce à morte; sepultado com Cristo. Surge o novo homem em todo o frescor de uma criança recém-nascida. Oh! quão imaculadamente limpa é esta nova criação! "E ficou purificado." Esta é a maneira de Deus limpar. "No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis" (Cl. 1:22). Jesus desceu até à morte. Todo aquele que crê está morto com Ele, sepultado com Ele, ressuscitado com Ele, perfeito nEle, sem mancha ou ruga ou qualquer coisa do gênero (Rm. 6; Ef. 5). Oh! conhecer o poder da ressurreição; sendo feito conforme à Sua morte! Abandonar o velho e pobre "eu" leproso no Jordão. Ah! o velho leproso tem que submergir!
Com frequência, quando pensamos que já estamos conscientes da morte do "eu" na cruz, vemos que ele precisa de um pouco de submersão. Ah! você ainda continua ocupado com o velho leproso, perdendo o seu tempo com suas feias crostas e supuradas feridas? Livre-se do leproso; afunde-o, afunde-o no Jordão. Só no fundo, bem no fundo, num lugar de morte, é que existe um lugar apropriado para o "eu". O único lugar para as suas justiças e para as suas injustiças é a sepultura de Cristo. Desvie o seu olhar do velho leproso para o Cristo ressuscitado. Se, por um lado, Adão estava cheio do veneno do pecado, por outro lado Deus fez com que Cristo se tornasse para nós sabedoria, santificação, justiça e redenção. Não existe qualquer mancha de lepra no Cristo ressuscitado. E "qual ele é, somos nós também neste mundo" (1 Jo. 4:17). Aperfeiçoados para sempre. Limpos de toda mancha.
Oh! querido leitor, você aprendeu esta tremenda lição? Você já mergulhou na morte? Está você ressuscitado com Cristo? Então se ocupe com as coisas que são do alto. Toda velha mancha do leproso pecado já se foi. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus" (2 Co. 5:17).
Quanto vale, afinal, a grandeza nas coisas deste mundo? Um homem pode se tornar bem famoso; pode prosperar nos negócios até superar quem quer que seja, ou pode escalar o mais alto pináculo de honra da grandeza política ou militar. Naamã era tudo isso, mas ele era leproso. Assim também, o homem, não importa qual posição ocupe neste mundo, é um pecador. Ah! isto estraga tudo; torna amargo todo e qualquer cálice deste mundo.
A lepra era incurável. Uma vez que contaminasse alguém, tal pessoa se tornaria imunda -- inchada, coberta de crostas e feridas -- uma asquerosa figura da condição do homem: perdido e arruinado ao extremo por causa do pecado. E o que é pior no que se refere ao pecado, como também o era no caso do leproso, o homem descobre que qualquer esforço para curar a si próprio é em vão. O temido veneno se alastra. Oh! quão repugnante é o pecado! Querido leitor, talvez há muito tempo que você espera melhorar, mas será que não ficou cada vez pior? Nenhum médico da Síria podia curar a lepra. Neste mundo não se pode encontrar um só remédio eficaz contra o pecado. Procure por todo o globo terrestre e verá que o homem não inventou a cura para o pecado. O mundo inteiro é um grande leprosário.
Deus escolheu as coisas fracas deste mundo. Uma pequena serva cativa torna-se a mensageira de Deus para aquele poderoso militar Sírio. Ela diz, "Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria: ele o restauraria da sua lepra". E eu posso dizer a você, querido leitor, "Oxalá que você estivesse aos pés de Jesus. Ele o limparia de seus pecados".
O Rei de Israel não tinha a fé que esta pequena serva demonstrava ter. Ele pensava que os Sírios buscavam um pretexto para guerrear. Ele, pensando acerca de si próprio, disse, "Sou eu Deus, para matar e para vivificar?".
"Sucedeu porém que, ouvindo Eliseu, homem de Deus", ele mandou avisar o leproso para que viesse ter com ele. "Veio, pois, Naamã". E tal qual era o homem, assim era a sua vinda! Trazia presentes, cavalos e carruagens! E ficou esperando na porta, mas Eliseu não aceitou qualquer um de seus presentes. A salvação de Deus não está à venda. Eliseu enviou um mensageiro dizendo, "Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado". Eliseu nem sequer saiu para falar com Naamã; tão somente enviou um mensageiro. Deve ser pela fé, e não por vista ou por sinais. Deus dá tão somente a Sua Palavra. Aquele que crê é salvo.
O rio Jordão era um tipo ou figura da morte. A arca da aliança havia permanecido em seu meio, enquanto todo o Israel passou a pés enxutos pelo seu leito seco, entrando na terra de Canaã. Trata-se de uma das mais surpreendentes ilustrações de Jesus tomando o nosso lugar no rio da morte. Não havia cura para este grande homem leproso, a não ser que mergulhasse sete vezes no rio da morte. Não há um meio sequer, em todo o universo, pelo qual um pecador possa ser limpo, a não ser pela morte de Jesus. Somente o Seu sangue nos limpa de todo pecado.
Como era de se esperar, isto fez com que o leproso ficasse profundamente indignado, o que nada mais é do que a indignação do coração humano contra o modo que Deus estabeleceu para limpar o pecado. "Com toda a certeza", deve ter pensado o leproso, "Deus irá fazer algo grandioso para mim ou em mim, para que eu seja salvo". "Mas, mergulhar no Jordão... sepultar-me em um rio de morte; que coisa mais desprezível!"
Além do mais, "não são porventura Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado?" E ele se foi indignado. Assim acontece ainda hoje, quando o pobre leproso pecador diz, "Não são as doutrinas da minha igreja muito melhores do que a salvação somente pela morte de Cristo? Minha igreja me diz para jejuar; para manter os votos de minha profissão de fé; em suma, para guardar todas as ordenanças de minha igreja. Não é muito melhor me lavar nesses rios de minha própria religião do que simplesmente crer em Deus no que se refere à morte de Cristo?"
Está bem, se você quer assim, então tente! Lave-se, lave-se, lave-se; e me mostre alguém, dos milhões que têm se lavado nos rios das religiões humanas, que esteja limpo do pecado. Mostre-me alguém que tenha certeza de que seus pecados estejam perdoados em virtude de todos os seus jejuns, orações e obediência às ordenanças. Não, não existe um sequer que, lavando-se nos velhos rios humanos, já tenha, ou possa algum dia ter, a certeza de que está salvo. Os servos de Naamã lhe disseram, "Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande cousa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado". Todas as nações são testemunhas do que um homem poderá fazer (se o fato de se fazer algo adiantasse) para se ver limpo do pecado.
"Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus: e a sua carne tornou, como a carne dum menino, e ficou purificado".
Com que magnificência, com toda a certeza, nos é exibida aqui a morte e a ressurreição, as duas grandes lições de Deus. A morte de Cristo: o fim do pecado; a ressurreição de Cristo: o início de uma existência totalmente nova. O velho leproso desce à morte; sepultado com Cristo. Surge o novo homem em todo o frescor de uma criança recém-nascida. Oh! quão imaculadamente limpa é esta nova criação! "E ficou purificado." Esta é a maneira de Deus limpar. "No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis" (Cl. 1:22). Jesus desceu até à morte. Todo aquele que crê está morto com Ele, sepultado com Ele, ressuscitado com Ele, perfeito nEle, sem mancha ou ruga ou qualquer coisa do gênero (Rm. 6; Ef. 5). Oh! conhecer o poder da ressurreição; sendo feito conforme à Sua morte! Abandonar o velho e pobre "eu" leproso no Jordão. Ah! o velho leproso tem que submergir!
Com frequência, quando pensamos que já estamos conscientes da morte do "eu" na cruz, vemos que ele precisa de um pouco de submersão. Ah! você ainda continua ocupado com o velho leproso, perdendo o seu tempo com suas feias crostas e supuradas feridas? Livre-se do leproso; afunde-o, afunde-o no Jordão. Só no fundo, bem no fundo, num lugar de morte, é que existe um lugar apropriado para o "eu". O único lugar para as suas justiças e para as suas injustiças é a sepultura de Cristo. Desvie o seu olhar do velho leproso para o Cristo ressuscitado. Se, por um lado, Adão estava cheio do veneno do pecado, por outro lado Deus fez com que Cristo se tornasse para nós sabedoria, santificação, justiça e redenção. Não existe qualquer mancha de lepra no Cristo ressuscitado. E "qual ele é, somos nós também neste mundo" (1 Jo. 4:17). Aperfeiçoados para sempre. Limpos de toda mancha.
Oh! querido leitor, você aprendeu esta tremenda lição? Você já mergulhou na morte? Está você ressuscitado com Cristo? Então se ocupe com as coisas que são do alto. Toda velha mancha do leproso pecado já se foi. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus" (2 Co. 5:17).
Charles Stanley
Jesus nao poderia pecar
Heb 2:18 Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.
O Senhor Jesus foi tentado de fora para dentro, mas nunca de dentro para fora. A tentação no deserto mostra ele sendo tentado de fora para dentro. Satanás apareceu a ele e tentou atraí-lo com um estímulo externo. Mas o Salvador jamais podia ser tentado a pecar por cobiças ou paixões internas, pois não havia pecado nele e não havia nada para responder ao pecado. Ele sofreu ao ser tentado. Enquanto nós sofremos para resistir a tentação, ele sofreu por ser tentado.
Heb 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Ninguém pode verdadeiramente sentir o que o outro está sentindo a menos que passe por uma experiência semelhante. Como Homem nosso Senhor compartilhou de nossas experiências e pode assim entender as provas que passamos. (Ele não pode sentir o que sentimos quando praticamos o mal porque nunca passou por isso).
Ele foi tentado em todos os aspectos em que somos tentados, porém sem pecado. As escrituras mantém a perfeição impecável do Senhor Jesus com muito cuidado, e nós deveríamos fazer o mesmo. Ele "não conheceu pecado" 2 Co 5:21, "não cometeu pecado" 2 Pe 2:20, "e nele não há pecado" 1 Jo 3:5.
Era impossível para Ele pecar, seja como Deus, seja como Homem. Como perfeito Homem Ele não podia fazer coisa alguma de Sua própria vontade; Ele era totalmente obediente ao Pai (João 5:19), e certamente o Pai jamais O levaria a pecar.
Argumentar que Sua tentação não teve efeito se Ele não podia pecar é um engano. Um dos objetivos da tentação foi demonstrar cabalmente que Ele não poderia pecar.
Se você passar o ouro por um teste, o teste não é menos válido se o ouro for puro. Se existir impurezas o teste irá revelar. Do mesmo modo é um erro argumentar que se Ele não pudesse pecar então não seria perfeitamente humano. O pecado não é um elemento essencial à humanidade; ao contrário, trata-se de um intruso. Nossa humanidade foi deturpada pelo pecado; a humanidade dEle é perfeita.
Se Jesu pudesse ter pecado como Homem neste mundo, o que O impediria de pecar como Homem no céu? Ele não deixou sua humanidade para trás quando ascendeu à destra do Pai. Ele foi impecável na terra e é impecável no céu.
William MacDonald ("Believer's Bible Commentary")
O Senhor Jesus foi tentado de fora para dentro, mas nunca de dentro para fora. A tentação no deserto mostra ele sendo tentado de fora para dentro. Satanás apareceu a ele e tentou atraí-lo com um estímulo externo. Mas o Salvador jamais podia ser tentado a pecar por cobiças ou paixões internas, pois não havia pecado nele e não havia nada para responder ao pecado. Ele sofreu ao ser tentado. Enquanto nós sofremos para resistir a tentação, ele sofreu por ser tentado.
Heb 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Ninguém pode verdadeiramente sentir o que o outro está sentindo a menos que passe por uma experiência semelhante. Como Homem nosso Senhor compartilhou de nossas experiências e pode assim entender as provas que passamos. (Ele não pode sentir o que sentimos quando praticamos o mal porque nunca passou por isso).
Ele foi tentado em todos os aspectos em que somos tentados, porém sem pecado. As escrituras mantém a perfeição impecável do Senhor Jesus com muito cuidado, e nós deveríamos fazer o mesmo. Ele "não conheceu pecado" 2 Co 5:21, "não cometeu pecado" 2 Pe 2:20, "e nele não há pecado" 1 Jo 3:5.
Era impossível para Ele pecar, seja como Deus, seja como Homem. Como perfeito Homem Ele não podia fazer coisa alguma de Sua própria vontade; Ele era totalmente obediente ao Pai (João 5:19), e certamente o Pai jamais O levaria a pecar.
Argumentar que Sua tentação não teve efeito se Ele não podia pecar é um engano. Um dos objetivos da tentação foi demonstrar cabalmente que Ele não poderia pecar.
Se você passar o ouro por um teste, o teste não é menos válido se o ouro for puro. Se existir impurezas o teste irá revelar. Do mesmo modo é um erro argumentar que se Ele não pudesse pecar então não seria perfeitamente humano. O pecado não é um elemento essencial à humanidade; ao contrário, trata-se de um intruso. Nossa humanidade foi deturpada pelo pecado; a humanidade dEle é perfeita.
Se Jesu pudesse ter pecado como Homem neste mundo, o que O impediria de pecar como Homem no céu? Ele não deixou sua humanidade para trás quando ascendeu à destra do Pai. Ele foi impecável na terra e é impecável no céu.
William MacDonald ("Believer's Bible Commentary")
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