Parece-me existir uma grande confusão entre a nossa personalidade sempre imutável, sua inerente responsabilidade, e o pecado que habita em nós, bem como os pecados que cometemos. O homem é espírito, alma e corpo (Gênesis 2:7), um ser responsável. O pecado foi introduzido nele na queda como uma coisa distinta, um princípio do mal (Gênesis 3; Romanos 5:12). O resultado foram os pecados, os frutos maus. Estando sob o poder do pecado, a tendência foi a carne tornar-se predominante, e assim o termo carne foi estampado em sua condição moral. "Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne" (Gn 6:3), e no que se refere a Deus, o homem se tornou morto em ofensas e pecados. Ora, a Epístola aos Romanos revela de forma distinta esse triplo conceito. Existe o homem responsável, os pecados que comete, e o pecado que entrou nele na queda.