"Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado... Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei... Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Romanos 3:19-31
"Nunca a lei foi tão honrada e estabelecida quanto na morte de Cristo. O Evangelho honra a lei por permitir que ela faça seu trabalho de despertar o conhecimento do pecado. Então o Evangelho entra em cena e faz aquilo que a lei nunca era para fazer. O Evangelho traz justificação completa ao crente em Jesus" - F. B. Hole
"A lei exige total obediência. A pena pela quebra da lei deve ser paga, e a pena é a morte. Se um transgressor da lei pagar a pena ele estará perdido eternamente. O Evangelho mostra como Cristo morreu para pagar a pena da lei que foi transgredida. Ele não tratou a lei como algo a ser ignorado; ele pagou completamente a dívida. Agora qualquer um que tenha transgredido a lei pode se beneficiar do fato de que Cristo pagou a pena em seu lugar. Assim o Evangelho da salvação pela fé honra a lei ao insistir que suas demandas sejam total e completamente atendidas" - W. MacDonald
"A fé estabelece a lei; ela coloca a lei em seu devido lugar e concede a ela toda a sua força, considerando-a em sua absoluta severidade, justiça e inflexibilidade. Reconhece totalmente seu 'ministério da morte' (2 Co 3:7), seu 'ministério da condenação' (2 Co 3:9), que ela condena e não poderá justificar o pecador. Portanto, a fé não pode imputar à lei o 'ministério da vida' (2 Co 3:6), o 'ministério da justiça' (2 Co 3:9), pois esses ministérios não são pela lei de Deus, mas pela graça de Deus. (2 Co 3:1-18)". - L. M. Grant
"Seria isso a anulação da lei como princípio? Muito pelo contrário. A lei nunca teve o papel que tem o Evangelho que é proposto para a fé, quer alguém olha para o pecador que está completamente condenado sob a lei, quer olhe para Cristo feito maldição na cruz. Por outro lado, aqueles que querem considerar os cristãos como estando sob a lei para a regra desta não enfraquecer a autoridade deles, ensinando-os a esperar por salvação ao mesmo tempo em que fracassam em atender as exigências da mesma lei, esses são os que não estão estabelecendo a lei, mas anulando-a" - W. Kelly
"Aqueles que afirmam que ainda estamos sob a lei a tornam nula, pois ela amaldiçoa os que se encontram sob ela, já que não a guardam. Aqueles que estavam antes sob a lei precisaram ser redimidos de sua maldição pela morte de Jesus. Sendo assim, se as Escrituras nos colocam sob a lei novamente, então seria preciso que Jesus morresse outra vez para nos redimir da maldição da lei. (Veja Gl 3:10-13; 4:4-5.) 'Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.' (Rm 3:31). Jesus é revelado aos olhos da fé, levando a maldição da lei transgredida no lugar daqueles que se encontravam sob ela — se isto não estabelece as reivindicações da lei de Deus, o que mais pode fazê-lo? Mas se fôssemos novamente colocados sob a lei então suas reivindicações teriam que ser novamente estabelecidas, ou ela seria tornada nula." - C. Stanley
"Será que a fé anulou a autoridade da lei? De maneira nenhuma. A fé estabeleceu completamente a autoridade da lei, mas fez com que o homem participasse da justiça divina ao mesmo tempo que reconhecia sua justa e total condenação pela lei como estando sob ela — a condenação que fez com que outra justiça fosse necessária, já que de acordo com a lei o homem não tinha justiça alguma de si mesmo. A lei exigia a justiça, mas ela apontava que havia pecado ali. Se a justiça que ela demandava não tivesse sido necessária, ao falhar em produzir tal justiça no homem não haveria necessidade de outra justiça. Mas a fé afirmou haver tal necessidade e que era válida a condenação do homem sob a lei, ao fazer com que o crente participasse dessa outra justiça, que é de Deus. Aquilo que a lei demandava ela não podia dar; e até mesmo por ela ter demandado isso, o homem falhou em produzir tal justiça. Se a lei lhe tivesse concedido tal justiça a obrigação teria sido anulada. Deus age em graça, quando a obrigatoriedade a lei é totalmente mantida na condenação. Ele concede justiça, pois ela deve ser possuída. Ele não anula a obrigação da lei, segundo a qual o homem está totalmente condenado, mas, ao mesmo tempo em que reconhece e afirma a justiça dessa condenação, Deus glorifica a si mesmo em graça ao garantir ao homem uma justiça que é divina, quando este não há qualquer justiça humana para ser apresentada a Deus em conexão com a obrigação imposta sobre o homem pela lei. Nada jamais deu tanta sanção divina à lei como fez a morte de Cristo, que levou sua maldição, mas não nos deixou sob ela. Portanto a fé não anula a lei, mas estabelece sua autoridade completamente. Ela mostra o homem condenado justamente sob a lei, e mantém a autoridade da lei nessa condenação, pois considera que todos os que estão sob a lei estão sob maldição. Você ira reparar que o que é distintamente apresentado até o final do capítulo 3 de Romanos é o sangue de Cristo sendo aplicado aos pecados do velho homem, fazendo do perdão algo justo, e tornando o crente livre de seus pecados, já que estes foram purificados pelo sangue de Cristo. Isto atende plenamente a culpa do velho homem". - J. N. Darby
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