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O verdadeiro culto espiritual - John Kulp

No capítulo 4 do Evangelho de João já observamos o modo como o Senhor Jesus trata amorosamente com o coração e a consciência da mulher samaritana. Apesar de ele revelar a ela mais que a outros acerca da verdadeira adoração, e embora ela seja fiel ao testemunho que dá aos seus vizinhos, não a vemos realmente adorando ali. Todavia, é o apóstolo João que, em outra parte de seu evangelho, nos dá, em seu estilo intimista, uma visão maior desse supremo privilégio do cristão que é adorar ao Pai. Afinal de contas, o evangelho de João nos dá o ensinamento do Senhor sobre a transição da "hora" que representava aquele momento, para a hora que estava por vir (João 4:21-24); das coisas terrenas para as celestiais (João 3:10- 13), e do judaísmo para o cristianismo (João 15:24-27).



No capítulo 1 lemos a respeito de João Batista vendo Jesus vir, e, em seguida, comentando da obra do Senhor para com o que era seu. Porém, mais tarde naquele mesmo dia, ao apontar para Jesus, nós encontramos João Batista mais no papel de um adorador, e suas palavras passam a ser poucas: "Eis o Cordeiro de Deus!" O homem cego nos instrui ainda mais no capítulo 9, quando profere não mais que duas palavras (no original grego), antes de ser dito que "adorou" (João 9:38). O ato de adoração de Maria no capítulo 12 foi completamente silencioso, mas a "casa se encheu com o cheiro do bálsamo", numa figura para nós do efeito que a adoração de uma devota adoradora teve em todos os que cercavam o Senhor Jesus. 

Em um outro momento no capítulo 20, Maria Madalena fala, não mais que uma palavra de adoração ao Mestre, depois de seu coração partido ter sido imediatamente curado quando Jesus carinhosamente a chamou pelo seu nome. Poucas horas depois, por causa do testemunho fiel de Maria, dez dos discípulos estavam mais preparados do que ela para a revelação de Jesus de Si mesmo aos seus corações. Nenhuma de suas palavras foi registrada, mas você acha que houve muita conversa e atividades naquela adoração que eles prestaram ao Senhor ali? Não, pois a passagem em João 20:20 nos fala simplesmente de seus espíritos adorando coletivamente: "Então os discípulos se alegraram quando viram o Senhor".

Uma bela imagem de adoração corporativa aparece no final de Mateus, o único evangelho que revela a igreja (o conjunto dos salvos) pelo seu nome, cuja adoração unida nosso Deus tanto aprecia. Os discípulos foram a "um monte que Jesus lhes designara. E quando o viram, o adoraram". Talvez em outro momento possamos meditar sobre o que é retratado na montanha e da razão de ter pedido para que fossem até lá. Por ora vamos simplesmente assinalar que a adoração em assembleia é a adoração de corações convertidos dirigida ao Senhor Jesus, tendo a ele como centro e objeto, seja ou não pronunciada qualquer palavra.

Caro cristão, como você está procurando colocar em prática o seu privilégio sacerdotal na adoração coletiva? Será que faz isso ouvindo um sermão sobre como ser uma pessoa melhor? Será que o faz se entretendo com música ou dança, liderado por um "líder de adoração" humano? Ou quem sabe o faz por meio de um ritual administrado por um clérigo? Não tenho qualquer desejo de ofender ou provocar uma defesa de sua parte. Em vez disso, espero estimular seu coração e e o meu para aproveitarmos melhor e praticarmos o que é verdadeiramente a adoração espiritual conjunta, de acordo com o padrão do Novo Testamento. Falo de uma adoração a Deus de maneira sóbria e ao mesmo tempo alegre, eventualmente pontuada com palavras e hinos de louvor, à mesa do Senhor, tendo a ele no meio, onde os santos abençoem o cálice e partam o pão em comunhão com o Pai e o Filho. (1 Coríntios 10:16-21; 11:23-26; 14:15-19).

John Kulp

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